Os servidores da rede municipal
de saúde estão em greve desde
o dia 10 deste mês e continuam
com suas atividades paradas por
tempo indeterminado. Tentativas
de negociação já foram feitas com
a Fundação Municipal de Saúde;
porém, sem acordo, os servidores
seguem organizando assembleias
que debatem não somente as reivindicações
do movimento, mas
também problemas sociais.
A próxima assembleia geral da
categoria acontece no próximo
dia 28, no Teatro de Arena, na
Praça da Bandeira, Centro de Teresina.
A expectativa, segundo Sinésio
Soares, presidente do Sindicato
dos Servidores Municipais
de Teresina (Sindserm), é que o
encontro mobilize ainda mais a
categoria.
Servidores do Samu
também aderiram ao
movimento.
“Dia 28 teremos uma assembleia,
que tende a superar as outras,
onde discutiremos nossas
causas, a previdência social, bem
como a terceirização. Estamos
bem ativos e queremos permanecer
assim. Esperamos que essa assembleia
seja uma das maiores”,
diz o presidente.
A motivação da greve foi uma
redução de salário inesperada,
que tirou o adicional de insalubridade
de alguns servidores. “O
presidente da Fundação Municipal
de Saúde autorizou a retirada
da taxa de insalubridade de vários
servidores. E nós queremos a devolução
imediata. Depois disso,
nós negociaremos a suspenção
da greve, mas sem a devolução,
fica muito difícil”, reivindica Sinésio.
O Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (Samu), em
apoio à causa, também aderiu
à greve na última segunda-feira
(20), após a tentativa de negociação
com Prefeitura Municipal
de Teresina não ter resultado
em acordo.
Sinésio enfatiza ainda que
qualquer servidor da saúde pode
aderir à greve, pois ela já foi legalizada.
Eles seguem com assembleias
até que suas reivindicações
sejam atendidas.
Outro lado
Procurada pela reportagem de
ODIA, a Fundação Municipal de
Saúde (FMS) informou que está
cumprindo com o acordado em
negociação e diz, em nota, que
os laudos de avaliação sobre a
insalubridade foram entregues às
categorias para análise e disponibilizado
no site da Fundação. “O
acordo fechado entre a presidência
da FMS, Sindserm e a categoria
foi de que, após análise dos
laudos, quem tiver direito
legal à insalubridade
será paga em
folha suplementar”,
comunica
Edição: Virgiane PassosPor: Karoll Oliveira