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Escândalo na Petrobras pode implodir candidatura de Edinho Lobão

A governadora Roseana Sarney (PMDB) e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), foram citados como envolvidos no mega esquema de lavagem de dinheiro e corrupção nos contratos da Petrobras.

06/09/2014 11:21

O vazamento dos nomes de políticos proeminentes do País que estariam envolvidos no esquema de lavagem de dinheiro e corrupção através de contratos da Petrobras com grandes empresas pode influenciar de forma decisiva não apenas as eleições presidenciais, mas também alguns pleitos estaduais.

Entre os políticos citados pelo ex-diretor de Abastecimento e Refino da Petrobras Paulo Roberto Costa, estão a governadora do Maranhão Roseana Sarney (PMDB) e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), pai do senador Edinho Lobão Filho (PMDB), que é candidato ao governo maranhense com o apoio do clã Sarney.

O Maranhão é um Estado com elevada taxa de analfabetismo, e onde, portanto, o acesso à informação é mais difícil para significativa parcela dos eleitores. Ainda assim, membros da campanha peemedebista estão cientes do impacto que o escândalo na Petrobras pode provocar na candidatura de Edinho. Sobretudo se o seu principal adversário, Flávio Dino (PCdoB), decidir estampar em sua propaganda eleitoral o envolvimento de Roseana e Lobão no esquema de corrupção - o que provavelmente ocorrerá.

A coligação "Todos pelo Maranhão", encabeçada por Dino, avalia a melhor forma de expor o escândalo aos eleitores maranhenses. A ideia é mirar apenas em Edinho, preservando a presidenta Dilma e o PT, de cujo governo o candidato do PCdoB participou até março deste ano, como presidente da Embratur.

Pai e filho: envolvimento de ministro em escândalo nacional pode comprometer ainda mais candidatura de Edinho Lobão, que vai mal nas pesquisas

Artilharia pesada - Ao principal candidato de oposição, o que não falta é artilharia para disparar contra o peemedebista.

Edinho Lobão assumiu a cadeira no Senado substituindo o pai, Edison Lobão, que comanda o Ministério de Minas e Energia, ao qual é vinculada a Petrobras, empresa que é o olho do furacão do mega esquema de desvio de recursos públicos para políticos e agremiações partidárias.

Nos depoimentos que concedeu à Polícia Federal até agora, Paulo Roberto Costa já teria confirmado que a compra da refinaria de Pasadena, no Texas, não foi apenas um erro de estratégia da Petrobras, mas sim uma das manobras utilizadas pelos operadores do esquema para fraudar os cofres públicos.

De acordo com o Tribunal de Contas da União, o mau negócio gerou um prejuízo de US$ 1,18 bilhão à Petrobras, e ocorreu quando Dilma era presidente do Conselho da estatal, no final do primeiro governo Lula.

Delação premiada - No mês passado, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa fez um acordo com a Justiça Federal e com o Ministério Público para revelar tudo o que sabe sobre o mega esquema de corrupção na estatal do petróleo durante os governos Lula e Dilma. Em troca, ele terá a pena reduzida - a chamada delação premiada. 

Por: Karliete Nunes
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