Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Entidades sindicais fazem ato contra Temer, Wellington e Firmino

Trabalhadores vão protestar contra reformas na Previdência, na educação e trabalhista, anunciadas pelo Governo Federal.

27/09/2016 15:42

Diversas entidades sindicais, estudantis e populares estão convocando um ato público para a próxima quinta-feira (29), propondo a paralisação de diversas categorias de servidores, com o intuito de protestar contra as propostas de reformas do Governo de Michel Temer, que retiram direitos dos trabalhadores.

A manifestação reunirá manifestantes de Teresina e outros municípios piauienses. A concentração será às 9 horas, no canteiro central da Avenida Frei Serafim, em frente ao prédio do Ministério do Trabalho. 

A manifestação tem caráter nacional e é considerada um preparativo para uma greve geral no país, que é defendida pelas centrais sindicais como forma de protestar contra as reformas previdenciária, trabalhista e educacional.(governo quer retirar Artes, Educação Física e outras disciplinas do currículo) e pelo Fora Temer, com convocação de novas eleições no país.

Na Previdência, o Governo estuda aumentar para 70 anos a idade mínima da aposentadoria. Já a reforma trabalhista analisada pela equipe de Michel Temer pode incluir o aumento da jornada de trabalho de 44 horas para 48 semanais, com limite de 12 horas/dia.

Por fim, a mais recente reforma anunciada pelo Governo Federal foi na educação. Na semana passada, o Ministério da Educação anunciou mudanças no ensino médio, nos vestibulares e até no Enem. E um dos pontos mais criticados foi a exclusão de quatro disciplinas da relação de matérias obrigatórias - artes, filosofia, sociologia e educação física.

Os preparativos para o ato do dia 29 foram definidos em reunião realizada na segunda-feira (26) pelo Sindicato dos Servidores Municipais de Teresina (Sindserm), que contou ainda com a participação de representantes do Sindicato dos Docentes do IFPI (Sindifpi), da Associação dos Docentes da UFPI (Adufpi), da diretoria regional do Sindicato Nacional dos Docentes de Instituições de Ensino Superior (Andes-SN), do Sindicato dos Trabalhadores da UFPI (Sintufpi) e da Central Sindical e Popular – CSP Conlutas.

Além das reformas da previdência, trabalhista e educacional, as entidades que convocam a manifestação nacional denunciam que o Governo do presidente Michel Temer está promovendo outros ataques aos trabalhadores, como a PEC 241 e o PLP 257, que estavam sendo planejadas desde o Governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

A PEC 241 congela investimentos por 20 anos em áreas sociais, afetando direitos à educação, saúde, assistência social, reforma agrária, dentre outros. 

Já o PLP 257 tem impacto sobre os Estados e municípios, impondo mais terceirização, proibição de realização de concursos públicos, e precarização dos serviços públicos em geral.

Letícia Campos, do Sindserm, afirma que diversas entidades sindicais pelo país estão se mobilizando no sentido de divulgar para toda a população as propostas retrógradas que o Governo de Michel Temer pretende implantar na Previdência Social, na legislação trabalhista e na educação.

Letícia Campos, do Sindserm, uma das entidades que organizam ato do dia 29 de setembro (Foto: Marcela Pachêco / Arquivo O DIA)

"É um ataque tão brutal [do Governo Temer], que na cabeça de algumas pessoas ele parece esdrúxulo, no sentido de que ele não vai acontecer. Ou seja, algumas pessoas nem acreditam que realmente está sendo pautado, por exemplo, o fim do direito à aposentadoria especial do magistério, o que fará com que os professores se aposentem no mínimo com 70 anos. Então, nós estamos num momento de massificar o que está acontecendo. Nós já fizemos atividades no dia 15, no dia 22 e agora no dia 29, e nós estamos percebendo que isso está tomando um corpo, com possibilidade, inclusive, de haver uma greve geral. Tanto que já houve uma movimentação do Governo no sentido de deixar essa reforma para o ano que vem, devido a reação que o povo tem tido no Brasil inteiro", afirma Letícia Campos.

Além dessas pautas de abrangência nacional, os servidores municipais de Teresina também aproveitaram o ato de quinta-feira para protestar contra a gestão do prefeito Firmino Filho (PSDB).

O Sindserm reivindica que 60% dos recursos do Fundeb sejam aplicados nos salários dos trabalhadores da educação, exige a regularização da mudança de nível e uma carga horária de 30 horas/semana para os técnico-administrativos.

Por fim, no âmbito estadual os trabalhadores vão protestar contra a reforma da Previdência feita pelo Governo de Wellington Dias (PT), contra a privatização da Agespisa, e pela regularização das ocupações urbanas de sem-teto.

Outras categorias também vão participar do ato - os professores e servidores da Uespi, os trabalhadores dos Correios e os bancários. Além de representantes de quatro movimentos sociais: Coletivo Rua, Movimento Mulheres em Luta (MML), Movimento de Luta e Resistência por Moradia do Estado do Piauí (Morem-PI) e Comissão da ocupação Dandara dos Cocais.

Por: Cícero Portela
Mais sobre: