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Engenheiro explica intervenções no passeio central da Avenida Frei Serafim

Segundo o gestor, a intenção da Prefeitura é aumentar a velocidade média dos ônibus, passando dos atuais 16 a 17 km/h para 25 ou 28 km/h.

04/09/2015 15:23

O engenheiro Augusto Basílio deu detalhes sobre o projeto que prevê intervenções no passeio central da Avenida Frei Serafim, destinado a dar mais agilidade ao transporte coletivo da capital.

Segundo o gestor, que foi quem elaborou o projeto, a intenção da Prefeitura é aumentar a velocidade média dos ônibus, passando dos atuais 16 a 17 km/h para 25 ou 28 km/h. 

Para isso, explica o engenheiro, serão priorizados os grandes corredores de tráfego, através da implantação do sistema BRT (Bus Rapid Transit) - ou Transporte Rápido por Ônibus. "É um sistema que tem sido adotado por todos os grandes centros urbanos, e que visa dar mais conforto e velocidade ao transporte público", defende o engenheiro.

Adotado em centenas de metrópoles pelo mundo, o BRT foi implantado inicialmente na cidade de Curitiba, Paraná (veja no vídeo abaixo).


Questionado sobre alguns empecilhos que poderão surgir com a transferência das paradas de ônibus das calçadas para o passeio central, Basílio afirma que todas as soluções estão sendo pensadas pela equipe de trânsito da Prefeitura.

Como exemplo, ele explica que os ônibus não precisarão sair da pista exclusiva, ao lado do passeio central na Frei Serafim, para fazer a conversão à direita logo após o Colégio Sagrado Coração de Jesus (Colégio das Irmãs) - o que acabaria atrapalhando os demais veículos, que teriam que esperar os ônibus passarem de um lado para o outro da avenida.

Basílio afirma que, com a implantação das paradas no passeio central, não haverá mais linha de ônibus saindo da Frei em direção á Praça da Bandeira, percurso que hoje é feito via Rua Arlindo Nogueira (Praça do Fripisa) e Rua Areolino de Abreu. 

Segundo o engenheiro, outras linhas serão criadas para garantir que a mudança não atrapalhe o acesso da população a determinados bairros da cidade.

Basílio explica que as intervenções urbanísticas serão feitas com o mínimo de impacto ao patrimônio histórico da avenida, mas admite que a estátua do ex-prefeito Wall Ferraz pode ter que ser transferida para outro ponto do canteiro central da avenida.

Estátua de Wall Ferraz pode sofrer uma pequena mudança de posição (Imagem: Google Maps)

Na última quinta-feira, durante a assinatura da ordem de serviço para construção das alças de acesso às novas pistas da Ponte Juscelino Kubitschek, foram divulgadas imagens de como ficará o passeio central sobre a ponte, que será integrado ao passeio da Frei.

Para arquiteta, projeto de Augusto Basílio é cheio de falhas

A assinatura da ordem de serviço para construção das alças de acesso à ponte ocorre menos de duas semanas após a Câmara Municipal de Teresina realizar uma audiência pública destinada a discutir o atraso e os impactos provocados pela obra, que está prestes a completar um ano de paralisação. 

A audiência foi proposta pelo vereador Antonio Aguiar (PROS), e reuniu representantes da Prefeitura de Teresina, do Ministério Público, da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Piauí, do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-PI), da Polícia Rodoviária Federal, do Ibama, da Universidade Federal do Piauí, dentre outras entidades. O Governo do Estado, porém, não enviou qualquer representante à audiência, embora seja o responsável pela execução da empreitada.

No evento, a arquiteta Ângela Napoleão, professora doutora da Universidade Federal do Piauí, fez duras críticas ao projeto elaborado pelo engenheiro Augusto Basílio. 

Segundo Ângela, o projeto possui inúmeras falhas, como a ausência de uma previsão minuciosa dos impactos ambientais e dos danos ao patrimônio histórico da principal avenida da cidade.

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