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Distrito Federal não tem tornozeleira, e Geddel permanece na prisão

Desembargador determinou que ex-ministro, preso desde o dia 3, cumpra prisão domiciliar. Mas falta do equipamento tem adiado a saída da cadeia.

13/07/2017 14:16

O ex-ministro Geddel Vieira Lima permanece na cadeia por falta de tornozeleira eletrônica no Distrito Federal.

Nesta quarta-feira (12), o desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), autorizou Geddel a deixar o presídio da Papuda, em Brasília, e cumprir prisão domiciliar.

O desembargador também determinou que Geddel não pode ter contato com outros investigados e deverá utilizar tornozeleira eletrônica para deixar a Papuda.

Mas a falta do aparelho de monitoramento ainda não permitiu a saída do ex-ministro da cadeia.

O governo do Distrito Federal informou que não tem tornozeleiras porque o contrato para fornecimento do equipamento foi assinado recentemente (leia nota ao final desta reportagem).

Suspeita de obstrução de justiça

Um dos políticos mais próximos ao presidente Michel Temer, Geddel foi preso preventivamente pela Polícia Federal (PF) no início do mês, em Salvador, por suspeita de obstrução da Justiça. Dois dias após a detenção, o ex-ministro da Secretaria de Governo (articulação política) foi transferido para o Distrito Federal.

Atualmente, ele está detido na ala para presidiários que têm curso superior, a mesma em que o ex-deputado e ex-assessor especial do Planalto Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) ficou preso.

Na última quinta (6), na sessão de custódia de Geddel na 10ª Vara da Justiça Federal de Brasília, o juiz Vallisney de Souza Oliveira havia negado o pedido da defesa para que o ex-ministro fosse autorizado a ficar em prisão domiciliar com uso de tornozeleira. Na ocasião, ele chorou diante do juiz.

Geddel foi preso por suspeita de atrapalhar as investigações da Operação Cui Bono, que apura supostas fraudes na liberação de crédito da Caixa Econômica Federal.

A investigação se concentra no período em que Geddel ocupou o cargo de vice-presidente da Caixa. À época, ele assumiu o cargo na cúpula do banco público por indicação do PMDB, que era sócio do PT no governo federal.

A apuração do envolvimento de Geddel com as irregularidades cometidas na Caixa foi motivada por mensagens de texto registradas em um aparelho de telefone celular apreendido na casa do então deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso em Curitiba pela Operação Lava Jato.

Nota do governo do DF

Leia abaixo a íntegra de nota da Subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal sobre tornozeleiras eletrônicas.

A Subsecretaria do Sistema Penitenciário (Sesipe), ligada à Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social (SSP/DF) informa que recebeu a decisão proferida pela Tribunal Regional Federal da Primeira Região (TRF1) na noite desta quarta-feira (12).

Contudo, o documento condiciona a liberação de Geddel Vieira Lima ao uso de uma tornozeleira eletrônica. Como o Distrito Federal ainda não dispõe do equipamento para instalação no custodiado, uma vez que o contrato para disponibilizar serviço foi assinado recentemente, a pasta vai remeter um ofício ao TRF, que deverá decidir como será o procedimento neste caso.

Fonte: G1
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