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Dias: "œRetomada da obra na ponte JK é o fim do monumento inacabado"

Governador Wellington Dias assinou ontem a ordem de serviço para as obras de acesso da Ponte Juscelino Kubitschek, que custará R$5,5 milhões

04/09/2015 07:38

O governador Wellington Dias (PT) assinou ontem a ordem de serviço para a conclusão da obra de alargamento da Ponte Juscelino Kubitschek, que estava parada há mais de um ano. “A retomada vai ser o fim do monumento inacabado, uma situação que causa grande desconforto a quem passa, pelo fato de ser uma obra no centro da cidade”, afirmou o governador, em discurso realizado no palanque montado em baixo da ponte JK. 

Essa etapa da obra, que consiste no acesso à ponte do meio, entre as duas existentes, vai custar R$ 5,5 milhões e ficará pronta em seis meses, segundo a Secretaria de Transportes. A empresa responsável é a RM Engenharia. Ao todo, incluindo a construção da ponte, o Governo do Estado gastou R$ 25 milhões desde janeiro de 2013. 

Foto: Assis Fernandes/ ODIA

O secretário de Transportes, Guilhermano Pires, acredita que entraves burocráticos na gestão anterior atrapalharam o andamento da obra. A primeira etapa, que foi a construção da ponte do meio, custou R$ 20 milhões. “Mas o que importa agora é que foi retomada e que ajudará a fluir o trânsito na Avenida Frei Serafim, um dos principais gargalos do trânsito de Teresina”, acredita o secretário. 

O atraso na retomada das obras foi tema de uma audiência pública realizada há 15 dias pela Câmara Municipal, proposta pelo vereador Antônio Aguiar (PROS). 

A demora ocorreu porque a segunda etapa da construção, o acesso à ponte do meio, não teve o projeto inicial aprovado pelo Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU-PI) e nem Secretaria Estadual de Meio Ambiente. Mas o imbróglio já foi resolvido. 

 Em greve, servidores da Agespisa interrompem solenidade 

Instantes antes do encerramento da solenidade de autorização da ordem de serviço da retomada das obras da ponte Juscelino Kubitschek, funcionários da Agespisa, que estão em greve, apareceram no local onde estava o governador Wellington Dias (PT) e anteciparam o fim da solenidade. 

Gritando palavras de ordem do tipo “contra a privatização da Agespisa” e segundo faixas com os mesmos dizeres, os servidores protestavam contra a transferência dos serviços da Agespisa para empresas privadas, como prevê o Governo do Estado. Wellington Dias encerrou seu discurso logo que os manifestantes chegaram e ficou visualmente constrangido com o ato. 

Apesar dos protestos, Wellington disse que os servidores estão confundindo privatização com Parceria Público-Privada (PPP), modalidade que será aplicada no sistema de água e esgoto do Estado. “Não há privatização. Pelo contrário. Ela (a Agespisa) passa a ser uma autarquia. Uma autarquia é 100% pública”, disse o governador aos jornalistas, logo após a chegada dos manifestantes. 

Wellington Dias comparou o sistema de PPPs aos empréstimos que o Governo Federal concede aos governos estaduais. “Vamos trabalhar [no sistema de água e esgoto] em parceira com o Governo Federal e empresas privadas. Assim como o Governo Federal empresta para o Estado, o Estado aplica [os recursos] e depois paga com o resultado da arrecadação, o setor privado investe o seu dinheiro e o Estado paga com o resultado também das receitas frutos desse investimento”, explicou. 

O governador disse que a criação do Instituto de Águas e Esgotos do Piauí e a uso de PPPs no sistema é necessário para melhorar o abastecimento de água nas cidades piauienses e investir em saneamento básico. “Agora, eu acho que não é razoável a gente ter uma empresa (Agespisa) com 1,1 bilhão de dívidas e não ter a coragem de tomar decisões. A empresa não existe para o Governo e para os servidores. Ela existe para o povo, para água, esgoto e saneamento em todo o Estado”, comentou Wellington.

Por: Robert Pedrosa - Jornal O DIA
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