“A notícia que nos preocupa é o comunicado feito pelo ministro da Saúde [Marcelo Queiroga], de que no Brasil essa programação de vacinação vai até dezembro, o que há um descompasso com países do mesmo patamar do Brasil. Muitos estão se planejando para maio. Junho vai ser uma quantidade grande de países, julho eu acho que a quase totalidade das grandes economias e dos mais desenvolvidos, e pode ter um problema de isolamento com um risco econômico significativo”, disse Wellington Dias.

^{(Foto: Reprodução/Senado Notícias)}

Dias reforçou que é necessário adotar cuidados para que o Brasil não fique isolado devido ao problema de saúde e com medidas que afetam individualmente a economia. E pontuou que o cronograma estipulado pelo Governo Federal não foi cumprido. “Tínhamos um cronograma, no dia 17 de fevereiro, e ele furou, inclusive com falta de segunda dose e suspensão de primeira dose, e leva um prejuízo”, frisou. 

Ainda durante sua fala, o governador do Piauí comentou que, apesar da quantidade de casos confirmados e óbitos por Covid-19 estar em queda, o Estado ainda apresenta um patamar elevado da doença, o que significa uma elevada transmissibilidade.

“Portanto, ainda há um risco da chamada ‘terceira onda’. A previsão era de que pudéssemos alcançar, em torno de 53 milhões de primeira  em abril,  para tirar os grupos de maior risco. De qualquer maneira, temos uma situação em que não temos mais fila, mas precisamos estar atentos, manter os cuidados, e acelerar a vacinação, como a melhora de produção da Fiocruz, ampliando produção e alcançando 30 milhões de doses”, acrescentou Dias.

De acordo com o governador, o Piauí recebeu 957 mil doses do Ministério da Saúde. Dessas, 950 mil foram distribuídas, sendo 489 mil para 1ª dose e 239 para 2ª dose. Além disso, 222 mil doses fazem parte da reserva técnica e serão usadas na aplicação da 1ª e 2ª dose nos 224 municípios.