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Com voto favorável dos 3 piauienses, Senado aprova lei do abuso de autoridade

O texto aprovado traz uma série de restrinções e engloba servidores públicos dos três poderes, além das Forças Armadas e Ministério Público

27/04/2017 08:24

O Plenário do Senado Federal aprovou ontem (26) o projeto de lei que altera as definições dos crimes de abuso de autoridade cometidos por agentes públicos. 54 senadores votaram favoráveis a proposta, 19 foram contrários. Os três senadores piauienses Regina Sousa (PT), Ciro Nogueira (PP) e Elmano Ferrer (PTB) votaram a favor do projeto. 
O texto aprovado traz uma série de alterações e restringe a divulgação de imagens e a condução coercitiva de acusados. O texto do senador Roberto Requião (PMDB-PR) prevê mais de 30 ações que podem ser consideradas abuso de autoridade e as penas para os crimes variam de seis meses a quatro anos de prisão. Autoridades condenadas por abusos também terão que indenizar vítimas. O texto aprovado no Senado abrange categorias de servidores públicos dos três poderes, além das forças armadas e Ministério Público. 

(Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)
A senadora Regina Sousa (PT) afirmou após a votação, que já testemunhou diversos casos de abuso de autoridade e por isso votou a favor da proposta. “Votei a favor do projeto de abuso de autoridade sem medo e sem a demagogia dos que votaram a favor na Comissão e votaram não no plenário, porque o voto foi nominal”, pontua a senadora. 

Ao O DIA, o presidente da Associação Piauiense do Ministério Público – APMP, Glécio Setubal, afirmou que ainda não tinha conhecimento do teor do texto aprovado, mas comentou a importância de não utilizar a legislação para restringir o trabalho de juízes e promotores em investigações. “Quando apresentado, o texto tinha pontos que fazia o criminoso criminalizar as condutas de juízes e promotores. As entidades lutaram pela retirada deles e vamos continuar acompanhando na próxima votação”, pontua Setubal. O projeto segue agora para a Câmara Federal. 
O texto aprovado no Senado prevê punição autoridades que se utilizem dos cargos para se livrarem de obrigações legais ou conseguir privilégios. A s partes mais polêmicas, como a que criminaliza magistrados e promotores por falhas na interpretação da lei foi retirada.
Por: João Magalhães
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