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Com presença de W. Dias, líderes do Podemos criticam PT e rejeitam aliança

Mesmo com críticas ao PT, Wellington diz que quer o 'Podemos' em sua base aliada. Mas Álvaro Dias afirma que aliança é indesejada.

02/10/2017 11:31

O governador Wellington Dias (PT) passou por momentos de constrangimento na manhã desta segunda-feira (2), durante encontro regional do Podemos (antigo PTN), realizado na sede da Federação das Indústrias do Estado do Piauí (Fiepi), em Teresina.

Mesmo com a presença do chefe do Executivo estadual no evento, diversas lideranças do Podemos afirmaram de forma categórica que o partido não pretende manter qualquer aliança com o Partido dos Trabalhadores no pleito de 2018.


Foto: Assis Fernandes/O Dia

O senador Álvaro Dias, pré-candidato à Presidência da República, foi o mais enfático nas críticas à legenda de Wellington, afirmando com convicção que o Podemos mantém uma linha diametralmente oposta à do PT.

"Nós não desejamos [aliança com o PT]. Somos duas linhas paralelas, e linhas paralelas não se encontram. O PT tem outro projeto, e o projeto do PT fracassou. O projeto do PT levou o país a essa desgraça. Uma crise social imensa, uma crise econômica sem precedentes. Nós queremos mudar o Brasil, e o caminho não é o PT. Por isso, nós não desejamos essa aliança e, certamente, ela não ocorrerá no próximo ano", destacou Álvaro Dias.


Senador Álvaro Dias (Foto: Assis Fernandes/O Dia)

A presidente nacional do Podemos, Renata Hellmeister de Abreu, também disse que a tendência é que seu partido mantenha-se em lado oposto ao do PT no pleito de 2018. No entanto, ela fez a ressalva de que esta aliança não está completamente descartada, porque é possível, segundo ela, encontrar bons políticos em todos os partidos, inclusive no PT.

"Nós temos muita restrição com relação ao Partido dos Trabalhadores, por tudo o que aconteceu, mas, obviamente, nós temos em qualquer partido pessoas boas e ruins. Então, isso vai ser avaliado", destacou Renata de Abreu.

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O governador Wellington Dias fez ouvido de mercador e, mesmo em meio à avalanche de críticas ao PT, disse acreditar que seja plenamente possível consolidar uma aliança com o Podemos.

"Nós temos todo o entusiasmo com essa organização do Podemos no Piauí, sob a liderança do deputado Silas Freire e de tantos outros líderes - estaduais e municipais. É um partido que traz uma proposta nova para o Brasil, e que tem contribuído, aqui no Piauí, para o projeto de desenvolvimento do estado. E, com certeza, queremos continuar trabalhando e fazendo parceiras para o fortalecimento do partido [Podemos] no Piauí", ressaltou Wellington.


Foto: Assis Fernandes/O Dia

Questionado sobre a tendência de o Podemos reforçar a oposição ao seu governo e à sua candidatura no pleito de 2018, Wellington disse que vem demonstrando seu desejo de atrair o Podemos para a base, embora a decisão final deva ser tomada pelas lideranças da sigla

"Cabe aos líderes tomar essa decisão, mas eu tenho deixado clara minha posição de continuar com o Silas e com os demais líderes do Podemos, que possam contribuir para o desenvolvimento do Piauí", acrescentou o governador.

'Se escolha de 2018 for infeliz, Brasil vai continuar sangrando', afirma Álvaro Dias

Durante o encontro regional realizado em Teresina, Álvaro Dias disse, ainda, que o Brasil está sangrando, e que o Podemos pretende contribuir para que essa situação cesse, sobretudo através do estímulo ao ingresso de mais pessoas honestas na política.

"As pessoas lúcidas, conscientes, devem assumir uma posição de protagonismo, porque se a escolha do ano que vem for infeliz o Brasil vai continuar sangrando e o povo brasileiro vai continuar sofrendo. Então, é importante essa participação das pessoas de bem", opinou Álvaro Dias.

Podemos

Com uma bancada formada por 14 deputados federais e dois senadores, o Podemos promete estimular a participação popular nos posicionamentos com a sigla, com consultas online sobre temas em discussão no Congresso e o compromisso de apresentar projetos que tenham a assinatura de ao menos 20 mil eleitores.

Por: Cícero Portela e Ithyara Borges
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