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CMT rejeita requerimento que pedia explicações de Firmino sobre delações

Prefeito de Teresina foi citado em delações premiadas de dois executivos da Odebrecht. Eles relataram que Firmino Filho (PSDB) teria recebido R$ 500 mil para sua campanha em 2012, via caixa 2.

18/04/2017 11:08

A Câmara Municipal de Teresina rejeitou, na sessão desta terça-feira (18), um requerimento apresentado pelo vereador Edilberto Borges Dudu (PT) que solicitava a presença do prefeito Firmino Filho (PSDB) na Casa legislativa para que desse explicações a respeito do suposto recebimento de R$ 500 mil reais para sua campanha de 2012, via caixa dois.
Edilberto Borges Dudu foi quem propôs o requerimento que pedia presença de Firmino na Câmara Municipal para explicar suposto recebimento ilícito de recursos para sua campanha (Fotos: Assis Fernandes / O DIA)

O pagamento irregular teria sido feito pela empresa Odebrecht e foi relatado por dois executivos que atuavam na empresa à época, e que firmaram acordos de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato.

Além de Dudu, apenas outros dois vereadores votaram a favor do requerimento - Deolindo Moura (PT) e  Cida Santiago (PHS).

Ao defender o requerimento apresentado pelo colega, Cida opinou que a iniciativa de ir à Câmara deveria partir do próprio prefeito. A vereadora também disse que confia na integridade do prefeito, mas afirmou que "quem não deve,  não teme". "Precisamos passar a limpo o país, e precisamos começar pela nossa casa", disse Cida.

Apenas três vereadores votaram a favor do requerimento apresentado pelo petista (Fotos: Assis Fernandes / O DIA)

Por outro lado, diversos vereadores da base aliada falaram em defesa do prefeito, e consideraram a ida do gestor à Câmara desnecessária. 

"Está um verdadeiro lamaçal essas acusações [da Operação Lava Jato]. O povo tem que saber o que está acontecendo, mas é preciso ter cuidado com as acusações. Não podemos manchar o nome de pessoas dignas, como o do prefeito", afirmou a vereadora Teresinha Medeiros (PSL).           

R. Silva foi um dos que votaram contra o requerimento (Fotos: Assis Fernandes / O DIA)

O vereador R. Silva (PP) solicitou que a base ficasse atenta aos requerimentos apresentados na Casa, e disse que cabe à Justiça avaliar as delações feitas no âmbito da Operação Lava Jato, e não ao Poder Legislativo municipal.

Nilson Cavalcante (PT do B) afirmou que o requerimento do vereador Dudu tinha o propósito de desestabilizar a gestão de Firmino.

A opinião foi reiterada pelo vereador, Edson Melo (PSDB), que disse ter votado contra o requerimento por estarem "claros os interesses políticos do vereador Dudu."


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Por: Cícero Portela e Ithyara Borges
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