Os senadores Ciro Nogueira (PP) e Elmano Ferrer
(PMDB) voltaram atrás em relação a representação no conselho de ética contra as seis senadoras que ocuparam a Mesa
Diretora do Senado Federal,
incluindo a piauiense Regina
Sousa (PT). Os dois assinaram o pedido de reconsideração, formulado pelas próprias
senadoras, pedindo que o presidente da Comissão de Ética,
João Alberto (PMDB-MA),
reconsidere a admissibilidade
da instalação do processo contra as parlamentares.
O DIA apurou junto a assessoria da Mesa Diretora do
Senado, que ao total, 27 senadores pediram ao presidente
da comissão de ética que reconsidere a decisão de abrir
procedimentos disciplinares
contra as senadoras.
Além de Regina Sousa (PT),
ocuparam o espaço da Mesa
no Plenário as senadoras Angela Portela (PDT-RR), Fátima Bezerra (PT-RN), Lídice
da Mata (PSB-BA), Gleisi
Hoffmann (PT-PR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM).
O comportamento, segundo
elas, foi para forçar um diálogo
no sentido de retirar da proposta de reforma trabalhista,
trechos considerados extremos, como o que permite mulheres gravidas trabalharem
em condições insalubres.
O documento acusando as
senadoras de quebra de decoro parlamentar foi protocolado
pelo senador José Medeiros (PSD-MT) e teve o apoio de outros
14, incluindo Ciro e Elmano. O
ato das senadoras foi considerado pelo presidente da comissão
como antidemocrático.
Ao O DIA, a senadora Regina Sousa (PT) afirmou que
está pronta para apresentar
defesa e mostrou desapontamento com o fato de Elmano
Ferrer (PMDB) assinar a representação. “O Elmano, pela
amizade, acho que ele poderia
se abster disso. Do Ciro não,
depois do que ele fez com a
Dilma não espero mais nada
dele”, pontuou a parlamentar.
Ontem (13), O DIA procurou
os senadores para que eles comentassem a reconsideração,
mas Ciro Nogueira e Elmano
não atenderam as ligações
Por: João Magalhães