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Após 28 anos, acusado de matar deputado tem julgamento adiado

O julgamento, pelo Tribunal do Júri, aconteceria na próxima quinta-feira (30), mas foi adiado porque o acusado teria entrado com um habeas corpus alegando irregularidades no processo.

28/03/2017 18:28

O julgamento do advogado Virgílio Bacelar de Carvalho, acusado de ser o mandante do assassinato do deputado Abraão Gomes, em 29 de agosto de 1989, foi suspenso pelo desembargador Sebastião Martins. O julgamento, pelo Tribunal do Júri, aconteceria na próxima quinta-feira (30), mas foi adiado porque o acusado teria entrado com um habeas corpus junto ao Tribunal de Justiça do Piauí (TJ/PI) alegando irregularidades no processo.

O desembargador Sebastião Martins afirma que a suspensão do julgamento se deu por conta de uma liminar parcial para averiguar se as alegações do habeas corpus são procedentes ou não. Entre as alegações, o acusado argumenta que o promotor teria arrolado testemunhas fora do prazo legal, de cinco dias. Além disso, o acusado também alega não ter sido intimado pessoalmente para comparecer à sessão do júri.

Questionado sobre a interferência da suspensão do julgamento no andamento do processo, tendo em vista que o mesmo prescreve no dia 27 de maio deste ano, o desembargador Sebastião Martins afirma que no pedido do habeas corpus não consta a data da prescrição. “Ele não informou a data da prescrição, mas acreditamos que o habeas corpus será tramitado rapidamente, geralmente dura, em média, um mês”, explica o desembargador.

Entenda o caso

O deputado Abraão Gomes de Oliveira foi assassinado com um tiro de escopeta na porta de casa, no bairro Planalto Ininga, zona Leste de Teresina, no final da tarde do dia 29 de agosto de 1989, ao retornar da Assembleia Legislativa do Piauí. 

De acordo com a denúncia, o advogado Virgílio Bacelar teria sido o mandante do assassinato e negociado com dois executores. O crime teria motivações políticas, pois as famílias da vítima e do acusado são do município de Porto, na região Norte do estado, e possuíam interesses políticos contrários.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Nathalia Amaral
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