Os 30 deputados estaduais eleitos para a próxima legislatura voltaram a se reunir ontem, na sala da Presidência da Assembleia Legislativa para tratar sobre a eleição de presidente que irá ocorrer dia 1º de fevereiro. O candidato do governo, deputado Fábio Novo (PT), voltou a propor um acordo com o atual presidente Themístocles Filho (PMDB), que concorre à reeleição, mas recebeu mais uma vez um não como resposta. Depois do encontro, ele revelou aos jornalistas que não vê mais possibilidade de consenso e confirma a disputa.

 Nos corredores da Assembleia, os demais deputados comentam a pressão do governo sobre os aliados para garantir os votos a Fábio Novo. Na conta dos governistas, se os parlamentares mantiverem a palavra dada ao governador Wellington Dias (PT), Novo terá 22 dos 30 votos.

�€œConversei com o nosso presidente Themístocles Filho mais uma vez ontem. Ele disse que insiste em disputar mais um mandato, que tem direito disso e eu respeito. Eu o procurei e nós conversamos na presidência. Coloquei se tinha condições do entendimento , mas ele diz que fica na disputa até o fim e eu também fico até o fim. Diante disso teremos duas candidaturas postas�€, disse.

Descartada a possibilidade do consenso, os deputados decidiram montar uma comissão formada por sete parlamentares para decidir pela divisão dos oitos dos nove cargos que formam a Mesa Diretora. �€œNão podem participar dessa comissão eu (Themístocles) e o deputado Fábio Novo porque somos candidatos à presidência. Os demais poderão buscar meios de participar�€, afirmou Themístocles Filho.

Ao ser questionado pelos jornalistas sobre a recusa do deputado Fábio Novo de usar a urna eletrônica, Themístocles manteve o estilo irônico e afirmou que todos os parlamentares sabem �€œmarcar um X�€. �€œEssa questão foi resolvida. A eleição será com caneta azul e todos irão marcar um X. Eu acredito que todo mundo sabe marcar um X�€, disse.

Fábio Novo disse não ser contra a urna eletrônica, mas foi contra a utilização do recurso em respeito ao regimento interno da Casa. �€œSe nós que fazemos as leis não conseguimos cumprir a lei que nós mesmos criamos, vira um péssimo exemplo. A partir de fevereiro os deputados vão discutir mudanças no regimento e na foram de eleição. Mas agora é preciso cumprir o que está nele�€, destacou.

Fonte: Lídia Brito