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44% das obras da educação infantil em cidades do Piauí estão em atraso

Levantamento da Transparência Brasil apontou atraso em 124 obras localizadas em cidades do Piauí

30/08/2017 07:48

Levantamento da Transparência Brasil mostra que 124 obras municipais de educação infantil, de responsabilidade das prefeituras piauienses, estão em atraso ou paralisadas. O número corresponde a 44% total de 281 obras de creches, escolas, espaços educativos, entre outras construções financiadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, do governo federal, no Piauí. 

Para acompanhar melhor o andamento das obras e comparar a execução com o cronograma estipulado, a ONG lançou o aplicativo Tá de Pé, que permite aos cidadãos de todo o país fiscalizarem a execução dessas obras. Para fiscalizar, basta ir a uma das obras listadas pelo aplicativo e tirar fotos de seu andamento. Essas fotos são analisadas por engenheiros parceiros da Transparência Brasil e, em caso de indício de atraso, o governo é notificado. 

O aplicativo oferece a lista de obras próximas ao usuário. Caso o cidadão tenha interesse, pode encaminhar fotos ao aplicativo e em caso de atraso, engenheiros ligados Transparência Brasil vão analisar os indícios de atraso e a instituição vai acionar prefeituras, câmara de vereadores, FNDE e a ouvidoria-geral da União, no sentido de notificar sobre os atrasos. 

As cidades com maiores números de obras em atraso ou paralisadas no Piauí são Teresina, com sete, Campo Maior com cinco, José de Freitas com quatro, São Francisco do Piauí com quatro e Esperantina com três obras. 

De acordo com o diretor-executivo da Transparência Brasil, Manoel Galdino, “a falha em entregar as creches e escolas é um retrato acabado dos problemas brasileiros. A corrupção e ineficiência resultaram em milhares de crianças em escolas inadequadas ou fora de creches”. “O app Tá de Pé permitirá que qualquer cidadão possa ajudar a fiscalizar e ficar no pé do prefeito para que creches e escolas financiadas pelo FNDE sejam entregues mais rapidamente e possamos enfrentar esse problema gravíssimo de falta de creches e escolas adequadas”, diz ele. O DIA tentou contato por telefone com as prefeituras de Campo Maior, José de Freitas e Esperantina, mas não obteve sucesso.

Por: João Magalhães
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