A lavradora Raimunda de Sousa Leite, 57 anos, que foi estuprada e agredida por um homem em Valença no último sábado (13), morreu na manhã de hoje (18) no Hospital de Urgências de Teresina. O suspeito do crime, Cícero da Silva Oliveira , 39 anos, continua foragido e a polícia monta uma operação no sentido de fechar o cerco e prendê-lo nas próximas horas.

Segundo a coordenadora do Núcleo de Feminicídio da Polícia Civil, delegada Tânia Miranda, Raimunda sofre agressões de vários tipos, desde o estupro a mordidas na cabeça. “Ela estava em estado gravíssimo quando foi encontrada, ferida, sangrando e quase inconsciente. Eu estive em Valença para colher mais informações e, ao que consta, ela só conhecia o suspeito do crime de vista. Nunca nem tinha falado direito com ele até a noite em que tudo aconteceu”, relata a delegada.

Ela conta que Raimunda estava em um bar no Centro de Valença quando encontrou com Cícero. Os dois conversaram por alguns instantes e ele lhe chamou para ir para outro lugar. No meio do caminho, ele teria desviado o percurso e seguido em direção a um matagal próximo à PI-120 onde violentou e agrediu a lavradora.

Ela foi encontrada por populares no final da manhã do domingo (14) e levada às pressas para o Hospital de Valença, mas teve que ser transferida para o HUT por conta da gravidade de seu quadro. Segundo a delegada Tânia Miranda, Raimundo apresentou melhoras nos dois dias seguidos, mas na terça-feira (16) seu quadro voltou a se agravar e ela teve que voltar à UTI do hospital. Sem resistir aos ferimentos, acabou vindo a óbito nas primeiras horas da manhã de hoje (18).

Sobre as investigações, a delegada Tânia Miranda informou que o crime já está elucidado e que é só uma questão de tempo até que Cícero seja detido. Ela disse que chegou a conversar com Raimunda que lhe passou as descrições do suspeito e deu sua identificação. “Ela reconheceria o Cícero se o visse. Apesar de todos os ferimentos, estava consciente e isso foi fundamental para o processo”.

Um helicóptero do GTAP da PM está se deslocando para Valença com o objetivo de fazer buscas aéreas no entorno da cidade que e de mata fechada. Grupos do RONE e do Comando de Policiamento do Interior também estão na cidade para tentar fechar o cerco a Cícero.