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Velocidade e álcool são os principais fatores de risco para acidentes em THE

Levantamento mostra o comportamento dos motoristas e pedestres no trânsito da Capital.

30/06/2016 14:03

O acidente envolvendo os membros do coletivo Salve Rainha, que resultou na morte dos irmãos Bruno Queiroz e Francisco Júnior, fez a população voltar o olhar para a situação do trânsito em Teresina, no que diz respeito à conduta de motoristas, motociclistas e pedestres, e a fiscalização dos órgãos públicos.

Um levantamento feito pelos órgãos de segurança e fiscalização do trânsito de Teresina mostra que o excesso de velocidade e o álcool são os dois principais fatores de risco associados a acidentes com vítimas fatais. Na pesquisa, foram analisados dados de julho de 2014 a junho de 2015, período em que 9.939 pessoas deram entrada nos hospitais públicos em decorrência de imprudências no trânsito.

Do total de vítimas desse período, 141 foram fatais, vindo a óbito ainda no local do acidente ou após darem entrada no hospital, 1.425 foram feridos graves e 7.773 foram feridos leves. Do total de vítimas fatais, 83,7% são do sexo masculino, e apenas 16,3% são do sexo feminino. Com relação à faixa etária, a maior parte das vítimas fatais em acidentes de trânsito têm entre 26 e 35 anos (24%). Apenas 5,8% têm entre zero e 17 anos. 

São os motociclistas os principais envolvidos em ocorrências de trânsito na Capital. O levantamento mostra que, de todas as vítimas fatais entre julho de 2014 e junho de 2015, 65,4% estavam em motocicletas; 13,5% eram pedestres; 4,8% eram ciclistas; 15,4% estavam em carros; e apenas 1% estavam em ônibus.

Dentre os fatores que agravaram a severidade dos traumas sofridos pelas vítimas fatais nos acidentes em Teresina, destaca-se a ausência do capacete pelos motociclistas. Percebeu-se a falta deste acessório de segurança em todas as ocorrências com vítimas fatais, envolvendo condutores de moto. A falta do cinto se segurança vem em segundo lugar, como fator agravante de traumas em acidentes.

A gerente de Trânsito da Strans, Samyra Motta, explica que os dados colhidos ajudam a compreender a dinâmica dos acidentes e definir os fatores determinantes e condicionantes de cada ocorrência com vítimas fatais. “Essas informações vão dar base para o desenvolvimento de projetos que irão nos permitir estabelecer prioridades no tocante à prevenção e fiscalização de acidentes”, sintetiza Samyra.

Para o diretor do Hospital de Urgências de Teresina, o médico Gilberto Albuquerque, os acidentes de trânsito são uma questão de saúde pública que precisa ser conhecido para que possa ser trabalhado. “O HUT é que recebe todo esse contingente de pacientes com traumas causados no trânsito. Com a análise desses dados, nós vamos até poder trabalhar melhor para atender essa demanda, que é contínua. Ela pode não parar, mas pode diminuir”, afirma Gilberto Albuquerque.

Por: Maria Clara Estrêla
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