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Usuários revelam que motoristas de ônibus estão desviando da rota

Além disso, população reclama do sucateamento da frota de transporte coletivo da Capital e do tempo de espera nas paradas de ônibus

31/07/2015 07:06

Quem anda de ônibus em Teresina não está muito satisfeito com a qualidade dos serviços prestados pelos consórcios que operam na capital. Andando pelos pontos de ônibus, em todas as regiões da cidade, é comum encontrar usuários insatisfeitos com o transporte público de Teresina. 

Ônibus sucateados e o tempo de espera são algumas das principais reclamações. O fotografo André Alves mora na zona Sudeste e utiliza diariamente o transporte público para ir ao trabalho. Para ele, a quantidade de ônibus não é suficiente para suprir a demanda da capital e a maioria dos ônibus não possuem boas condições de uso. 

“Algumas linhas possuem poucos ônibus, o que faz com que a gente espere muito tempo nas paradas. Além disso, alguns veículos são muito antigos e em más condições de uso. Isso acaba prejudicando quem depende desse tipo de transporte e utiliza diariamente”, afirma. 

Outra reclamação frequente de quem utiliza o transporte público da capital é o desvio de rota. Segundo o vendedor Wilson Pereira, a maioria dos motoristas que fazem linha para o seu bairro não seguem a rota estabelecida para a viagem. 

Foto: Elias Fontenele/ ODIA

“O que acontece na região do Planalto Uruguai é que os motoristas não querem cumprir a rota da maneira correta. A maioria deles deixa de passar em alguns bairros para encurtar a viagem. O problema é que isso prejudica muito a população que, às vezes, tem o ônibus como a única opção para se deslocar ao trabalho”, desabafa. 

Somente no primeiro semestre desse ano, a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (Strans) aplicou mais de 500 multas nos consórcios que prestam o serviço de transporte público em Teresina. Segundo o gerente de Planejamento da Strans, Vinícius Rufino, as multas são resultado de um trabalho constante de fiscalização realizado na capital. 

“As principais irregularidades cometidas pelos consórcios são: a falta de pontualidade; a baixa frota; desvio de rota; e as condições estruturais do veículo”, enumera Vinícius Rufino. 

O edital de licitação do novo sistema de transporte público da capital, implantado no início do ano, prevê que os veículos que prestam o serviço em Teresina devem ter uma idade de no máximo 12 anos para estarem aptos a transitar. Na prática, essa determinação não vem sendo cumprida por alguns consórcios. Alguns veículos continuam atuando, apesar de ultrapassarem o tempo de uso permitido. 

De acordo com Vinícius Rufino, a idade da frota também é fiscalizada pela Strans. Segundo ele, a renovação da frota está acontecendo de forma gradativa na capital. “A idade não necessariamente está ligada à conservação do veículo, existem outros pontos que devem ser observados. No início desse ano, 80 novos ônibus começaram a circular pelas ruas de Teresina, isso faz parte do planejamento de renovação da frota”, explica o gerente da Strans. 

As multas aplicadas aos consórcios variam de R$ 187 a R$ 2.500, dependendo da infração identificada pelos fiscais da Strans. Além de multa, os veículos podem ser recolhidos de operação, caso seja constado risco aos usuários. “Até o momento, já foram recolhidos 25 veículos em Teresina. O trabalho de fiscalização vai continuar, o objetivo é melhorar a qualidade do serviço prestado à população”, explica Vinícius Rufino.

Por: Natanael Souza- Jornal O Dia
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