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Três homens são presos ao tentarem sacar R$ 97 mil da Caixa da Rio Branco

Banco suspeitou do alto valor transferido entre contas bancárias e acionou a polícia. Trio é suspeito de crime de estelionato.

04/12/2018 17:38

A Polícia Civil prendeu, na tarde desta terça-feira (04), três homens, sendo dois deles empresários, sob suspeita de crime de estelionato em Teresina. Eles tentavam sacar uma quantia de R$ 97 mil na agência da Caixa Econômica da praça Rio Branco, mas foram pegos em flagrante após o banco desconfiar do alto valor envolvido na transação e acionar as forças de segurança. A informação foi repassada pelo chefe de investigação do 6º Distrito Policial, Joatan Gonçalves.

De acordo com ele, os suspeitos mantinham uma conta bancária em um banco particular e, a partir desta conta, distribuíam, por meio de transferência, o dinheiro para contas de outros bancos, entre membros de uma suposta organização criminosa. Todo o valor envolvido nas transações seria proveniente de práticas ilícitas, dentre elas, crime se extorsão e estelionato.

“Na tarde de hoje, o montante de R$ 97 mil foi transferido para a Caixa e, no momento em que houve a tentativa de saque, o banco percebeu que havia algo errado e acionou nossas equipes. Nós passamos uma hora dentro da agência, monitorando os suspeitos desde a hora que eles pegaram a senha até o momento do saque. O banco informou que a transferência para a Caixa foi feita por uma pessoa de nome Deide Matias, e que o saque estava sendo efetuado por dois empresários. Foi aí que percebemos que havia algo de errado ali e de fato, o dinheiro estava sendo entregue a dois empresários supostamente envolvidos em práticas ilícitas”, explicou Joatan.

Os empresários foram identificados pela polícia como Antônio Aragão e Ticiano Macedo, pai e filho. Os dois e Deide foram presos em flagrante e todo o dinheiro sacado foi apreendido pela polícia. Segundo o investigador Joatan, houve ainda uma tentativa de fuga de fuga por parte de Deide. “Ele tentou fugir, mas montamos o cerco e conseguimos pegá-lo, inclusive com a ajuda de populares, quando estava entrando na sede da Prefeitura”, relatou.

Em depoimento, Deide disse que mora em São Luís e que havia conhecido os empresários através da internet. Questionado sobre o esquema por trás das transações bancárias, o suspeito disse à polícia apenas que sua função era repassar o dinheiro aos empresários, mas não deu detalhes de como tudo ocorria. Os três seguem detidos na Central de Flagrantes.

O que diz a defesa

Em conversa com a reportagem de O Dia, o advogados dos três suspeitos, Jailson Fenelon, informou que Deide de fato mora em São Luís, e que está hospedado em hotel em Teresina, no qual a polícia cumpriu um mandado de busca. "A polícia esteve lá e não encontrou nada que levasse a crer que o Deide é hacker ou que esteja envolvido em qualquer crime. Ele estava na praça, em frente ao banco, e a polícia deu a entender que os três estavam associados para cometer um suposto crime, mas acredito que isso não ficou comprovado", disse o advogado.

Por: Maria Clara Estrêla, com informações de Chico Filho
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