A jovem Layana Mota, motorista da Uber que foi agredida e ameaçada por taxistas na Rodoviária Petrônio Portella, em Teresina, na semana passada, prestou depoimento na manhã desta terça-feira (14) na Delegacia da Mulher. A delegada Vilma Alves afirmou que os taxistas serão investigados por coação, constrangimento e ameaça.
"Eles deixaram ela cercada, fizeram uma ciranda em volta dela. É um violência que nunca tinha acontecido em Teresina", comentou a delegada Vilma. "Uma mulher ser ameaçada de ser estuprada? E ali era coletivamente, poderia acontecer. É suposição, mas como os ânimos estava acirrados, proferiram palavras indecorosas, imorais", continua.
Foto: Assis Fernandes/ODIA
Vilma Alves destacou ainda que os taxistas que participaram das agressões serão identificados. "É difícil saber o nome de toda as pessoas, mas não é impossível. Ela está colaborando, assim como outras pessoas, na eminencia de identificar esses taxistas violentos. Por que eles foram violentos. No vídeo é possível ver a violência, e como ela ficou encurralada. Eu acho que ela foi uma guerreira.", comentou.
Além dos fatos ocorridos na Rodoviária, a Polícia Civil investigará também outras ameaças sofridas pela jovem nos dias posteriores. Em redes sociais, Layana relatou que ainda têm sofrido ameaças. "A investigação é um todo. Vamos dissecar todos os detalhes. Ela estava trabalhando e foi agredida daquela forma. Se o Uber não é legalizado, essa é outra questão, mas os taxistas foram violentos e estamos trabalhando nessa investigação. Ela não cometeu crime nenhum, ela é vítima de todas as formas”, disse a delegada.