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Adolescente de 14 anos confessa participação na morte de taxista

Dupla fingindo ser cliente desferiu golpes de faca no motorista com carro em movimento, que se chocou contra um muro. Motorista foi socorrido mas não resistiu aos ferimentos.

24/01/2017 07:53

Atualizada às 11h55min

A Polícia Militar conseguiu apreender o segundo participante do assassinato do taxista Francisco Hélio da Costa Silva. Segundo o subcomandante da RONE, major Cleber Bezerra, o acusado confessou que foi ele quem esfaqueou e matou o taxista.

O adolescente foi apreendido em sua residência, no Loteamento Tiradentes. Assim como o primeiro menor apreendido pelo crime, o jovem estava dormindo quando foi acordado pelos policiais. O major Cleber conta que o rapaz sentou no banco de trás do veículo, e ameaçou o taxista Francisco Hélio com a lâmina da faca na garganta. 

Atualizada às 10h30min

O RONE (Rondas Ostensivas de Natureza Especial) conseguiu apreender um adolescente, de 14 anos, que confessou participação na morte do taxista Francisco Hélio da Costa Silva, assassinado a facadas durante a noite de ontem (23), no loteamento Bela Vista III. Segundo o subcomandante do agrupamento, Major Cleber Bezerra, o rapaz culpa um comparsa pelos golpes de faca que tiraram a vida do taxista.

"Ele é confesso, e está lesionado na mão esquerda. Pela dinâmica da ação, ele pode ter tentando se defender de uma reação do motorista, enquanto o outro desferia os golpes. Ele está culpando o outro parceiro", explica o major, acrescentando que o comparsa do menor já foi identificado, e os policiais estão em diligências, junto com o adolescente apreendido, para tentar capturá-lo. 

O major conta que a própria família do acusado o denunciou à polícia. "Os familiares dele entraram em contanto. Estavam temerosos que ele pudesse sofrer alguma agressão, e acharam melhor entregar ele para o Estado", disse. Segundo ele, o jovem estava dormindo, em casa, quando foi abordado pelo Rone. "Ele chegou em casa muito drogado e dormiu. Estava roubando para comprar drogas", afirma o major Bezerra

Suspeitos não identificados

Durante as primeiras horas de terça-feira (24), dois homens foram presos pelos policiais do CANIL, sob suspeita de terem assassinado o taxista Francisco Hélio. Os dois eram maiores de idade, e um deles estava também com um corte em uma das mãos. Entretanto, uma testemunha ocular do assalto não identificou os dois homens detidos como sendo os autores do crime, e ambos foram liberados ainda na Central de Flagrantes. 

Segundo o capitão Antônio Marques, comandante do CANIL, as informações sobre estes suspeitos foram colhidas, e um exame pericial irá analisar as impressões digitais deixadas na arma do crime. "Eles foram liberados, mas caso a gente descubra alguma coisa nova, já temos as informações para chegar até eles", disse o capitão.


Mais um taxista foi morto enquanto trabalhava em Teresina. Francisco Helio da Costa Silva, de aproximadamente 32 anos, sofreu perfurações por faca em uma tentativa de assalto, na região do loteamento Bela Vista III, na zona sul de Teresina. O taxista chegou a ser socorrido, mas não resistiu à viagem até o Hospital de Urgências de Teresina.

Segundo informações do capitão Fábio, do 6º BPM, o crime foi cometido por dois homens, por volta das 20h de segunda-feira (23), que entraram no taxi fingindo serem clientes. "Os dois pegaram corrida com ele no posto da entrada do bairro Bela Vista, e foram com direção ao Bela Vista III. Já próximo, eles anunciaram o assalto, com o carro em movimento", explica o capitão Fábio. "Ainda não sabemos se ele tentou reagir, mas o fato é que desferiram golpes de faca, e ele perdeu o controle do veículo".

O taxi de Francisco Hélio se chocou contra um muro após ele ser atacado. A dupla de assaltantes saltou do veículo após a colisão e fugiu. O capitão Fábio conta que uma equipe médica do SAMU chegou a socorrer o taxista. "Mas ele não conseguiu nem chegar no hospital, faleceu no caminho". Francisco Hélio tinha 32 anos, era casado e pai de dois filhos.

Ainda de acordo com o capitão, muitos taxistas se dirigiram até o local do crime para acompanhar os procedimentos da Polícia Civil e da Perícia Criminal, mas não relatou nenhuma ação por parte da categoria. "Eles sempre acompanham essas situações", disse.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Andrê Nascimento
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