Um levantamento divulgado pelo Grupo Gay da Bahia revela que
três LGBTs morreram de forma violenta no Piauí, de janeiro até o dia 10 de
abril deste ano. No Brasil, foram 126 vítimas. O estudo é
realizado através de informações repassadas por grupos de defesa dos direitos
dos LGBTs de todo o país.
No Piauí, o GGB contabilizou dois assassinatos e um suicídio. As vítimas foram Benjamin de Jesus Souza, morto a facadas, e Michelly Santtos, que se suicidou. Ambos moravam em Teresina. O terceiro caso é o de uma travesti de Piripiri, V. Peixoto, morta a pauladas.
Segundo a militante do Matizes, Marinalva Santana, existem diferenças nas mortes violentas de LGBTs. “Geralmente, a motivação é o ódio que o assassino tem por conta da orientação sexual ou da identidade de gênero”, explica.
Para Marinalva, a redução nos registros não é motivação para comemorar. O Piauí já esteve entre os estados que mais matavam LGBTs. “Uma vida ceifada por ódio reprovável. A gente continua de forma entristecida lamentando cada caso”, afirma a militante.
De acordo com o relatório, o estado de São Paulo figurou no topo entre os que mais registraram casos de homofobia, revelando 19 episódios de violência contra a população LGBT. O Ceará, aparece em seguida com nove mortes, assim como Alagoas que registrou três suicídios e seis homicídios neste período.
O relatório mostrou ainda que o Sergipe teve o menor índice da região nordeste, com apenas um caso, mesmo número registrado por Mato Grosso do Sul e Santa Catarina. Já os estados de Roraima, Amapá e Tocantins não registraram nenhum caso.
Por: Nayara Felizardo