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Presos fogem da Major César, roubam moto e voltam para prisão

Sindicato dos agentes penitenciários contabiliza 25 fugas por mês.

04/11/2015 10:17

Por volta das 4 da manhã desta terça-feira (03), na Colônia Agrícola Major César, próximo a cidade de Altos, dois presos fugiram. Antônio Luiz Oliveira da Silva e João Carlos da Costa passaram pelas cercas e roubaram uma bicicleta. A dupla seguiu no sentido de Campo Maior, e no caminho, trocaram a bicicleta por uma moto Honda, na cor preta, também tomada de assalto. Depois, retornaram para dentro da Colônia penal.

A contagem dos presos é feita pela manhã, e assim, a fuga não foi notada. Apenas através das vítimas de assalto que a direção da Major César soube do ocorrido. Antônio Oliveira assumiu o delito, mas João Carlos, ao ser chamado para o interrogatório, fugiu pela mata, e até o momento está foragido. Antônio Luiz Oliveira será levado para Central de Flagrantes, e deve voltar ao regime fechado.

Kleiton Holanda, vice presidente do Sinpoljuspi (Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Secretaria de Justiça), conta que não se sabe se a dupla cometeu outros delitos enquanto estava com a motocicleta, que foi escondida na mata próximo ao terreno da penitenciária. “A comunidade que vive próximo ao local, e até em cidades próximas, como Campo Maior, não tem mais sossego. São vítimas constantes de arrombamentos, assaltos e furtos”, disse.

A saída dos presos não é uma novidade. Kleiton Holanda revelou que a Major Cesar apresenta uma média de fuga de vinte e cinco presos por mês. E os que fugiram na madrugada do dia três não entram nessa conta, pois voltaram para o presídio a tempo de responderem à contagem dos detentos. “Isso dificulta muito a solucionar esses crimes. Os detentos que saem do presídio e voltam, tem consigo o álibi de que estavam presos no momento do crime", comentou Kleiton.

Vilobaldo Carvalho, presidente do Sinpoljuspi, comentou que, na Major César, os presos não fogem, eles saem. “Para que a gente chame de fuga, tem que ter obstáculos”, disse. Por ser uma colônia agrícola, destinada a presos no regime semi-aberto, a Major César não tem muros, apenas cercas já velhas e cheias de buracos feitas pelos detentos. Segundo Vilobaldo, os agentes não têm como garantir que os presos não saiam, já que trabalham em número reduzido e sem manutenção nas grades e cercas da penitenciária.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Andrê Nascimento
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