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Pré-candidato a prefeito é indiciado em caso de estupro coletivo

A intenção de Paulo Henrique de Oliveira Castro era evitar as acusações dos quatro presos, amigos do pré-candidato.

19/07/2016 09:33

O pré-candidato a prefeito da cidade de Sigefredo Pacheco foi indiciado por fraude processual e favorecimento pessoal no caso do estupro coletivo ocorrido em junho deste ano no município. Paulo Henrique de Oliveira Castro confessou que pediu para um adolescente oferecer dinheiro à vítima para que ela não denunciasse o caso à polícia.

A polícia tomou conhecimento do crime através de vídeos vazados por um dos suspeitos, no qual a vítima, de 21 anos, encontrava-se aparentemente desacordada e tinha as partes íntimas tocadas pelos acusados.

Delegado Laércio Evangelista (Foto: Elias Fontinele / O DIA)

De acordo com o Delegado Laércio Evangelista, que comandou as investigações, Paulo Henrique de Oliveira levou um garoto menor de idade para uma casa no interior de Sigefredo Pacheco. O adolescente tinha a função de oferecer dinheiro a jovem violentada para que ela não denunciasse o caso à polícia.

Segundo o Delegado, a intenção do pré-candidato era evitar as acusações dos quatro presos, que são amigos de Paulo Henrique de Oliveira. Os acusados de terem participado do crime, Paulo Henrique Bezerra, 25 anos, Francisco das Chagas Ribeiro Filho, 23 anos, Tiago de Oliveira Melo, 27 anos, e Sérgio Emerson Saraiva Rodrigues, 18 anos, foram localizados na cidade de Campo Maior.

“Ele [Paulo Henrique de Oliveira] quis ajudar os jovens acusados de alguma forma, por isso ele tentou atrapalhar as investigações e destruiu provas do crime, como por exemplo, um aparelho celular. Em depoimento, ele confessou os fatos. Paulo Henrique de Oliveira não foi preso, mas foi indiciado pelos crimes e vai responder em liberdade”, disse o Delegado Laércio Evangelista.


Foto: Elias Fontinele / O DIA

Entenda o caso

Uma jovem de 21 anos foi vítima de um estupro coletivo na cidade de Sigefredo Pacheco. O estupro veio a público através de vídeos e fotos compartilhados pelos agressores em redes sociais. Nas imagens, os agressores cantam e falam palavrões sobre a jovem, enquanto tocam seu corpo. Também há fotos dela desacordada, deitada numa cama, com um homem ao seu lado.

O estupro teria acontecido no dia 3 de junho, dentro de um carro e em um quarto. Quatro homens foram presos em Campo Maior suspeitos de participação no crime.

O caso de estupro coletivo em Sigefredo Pacheco foi o terceiro a ser registrado no Estado num intervalo de aproximadamente 30 dias. Os outros dois ocorreram em Bom Jesus e Pajéu.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Ithyara Borges
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