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Policial civil acusado de tentativa de latrocínio é preso pela corregedoria

Policial agora sofrerá processo administrativo dentro da Polícia Civil, além do processo criminal.

13/01/2017 09:45

O policial civil Amarildo Carlos, acusado de tentativa de latrocínio no último sábado (7) foi preso durante a tarde de ontem (12), no bairro Promorar. Amarildo teria tentado assaltar um rapaz e atirado contra ele, e a tiro passado de raspão pelo rosto da vítima. Depois, foi acusado de disparar aleatoriamente na rua, empunhando duas armas de fogo.

Projéteis e estojos deflagrados pelo policial civil (Foto: Assis Fernandes/ O Dia)

As informações são do corregedor da Polícia Civil, Adolpho Henrique. Ele informa que o policial foi encontrado na casa do pais, mesmo local onde foi preso seu irmão Rafael, no último dia 8. Segundo o corregedor, Amarildo não ofereceu resistência. Nenhuma das quatro armas que teriam sido usadas no crime foram encontradas com ele. Uma delas seria de propriedade da Polícia Civil.

O policial sofrerá processo administrativo dentro da Polícia Civil, além do processo criminal. "Agora que ele foi preso, vamos finalizar o inquérito, e ele passará pelo procedimento administrativo. Dependendo do resultado, se decidirem por demití-lo, ou o secretário de segurança ou o governador do estado é quem irá deferir", explica o corregedor.

O processo criminal corre em paralelo. Pela natureza da profissão de policial civil, Amarildo tem direito a medidas protetivas, como ficar em celas separadas de presos comuns. O policial está preso em uma sala no 23º DP, e mesmo se for demitido dos quadros da PC, permanecerá sendo tratado como policial nessa questão.

Em entrevista a um canal de TV local, Amarildo negou o assalto, e afirmou que um familiar seu, viciado em drogas, teria roubado uma pulseira. Ele então teria ido até o traficante para tentar reaver a jóia, e sido recebido a tiros, os quais revidou. Ele afirma também que seu irmão, preso acusado de participar do crime, é inocente.  

O corregedor argumenta que, mesmo que esteja falando a verdade, o policial não agiu corretamente.  "Mesmo que ele tenha reagido, o procedimento não é esse, atirar para todos os lados em uma rua. E quando fui procurá-lo, no dia seguinte, ele fugiu em uma motocicleta", disse Adolpho Henrique.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Andrê Nascimento
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