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Policiais civis presos teriam fraudado até diplomas de graduação

De acordo com o corregedor da Polícia Civil, alguns acusados sequer sabiam o nome das instituições pelas quais obtiveram os diplomas de graduação.

10/05/2017 18:23

Segundo o corregedor da Polícia Civil, delegado Adolpho Henrique, há suspeita de que policiais presos por envolvimento na fraude do concurso da Polícia Civil em 2012 tenham também fraudado diplomas de graduação para poderem concorrem no certame. Além de erros grotescos de português, alguns candidatos não souberam sequer afirmar o nome das faculdades pelas quais obtiveram o diploma de graduação.

“A gente percebe uma inabilidade muito grande. Chegou ao extremo da cara de pau de ter candidato que não sabe sequer o nome da faculdade onde se formou. Como uma pessoa estuda cinco anos em uma faculdade para se formar, e não consegue lembrar onde se formou?”, esclarece o corregedor. 

(Foto: Reprodução/Polícia Civil)

Durante a tarde de hoje (10), o corregedor da Polícia Civil ouviu um dos policiais envolvidos na fraude. “O policial interrogado hoje negou qualquer envolvimento na fraude, embora as provas sejam irrefutáveis”, afirma o delegado. Esse foi o quinto suspeito de envolvimento a ser ouvido pela Corregedoria da Polícia Civil. 

Investigações

De acordo com o corregedor, as investigações tiveram início durante o inquérito que apurou a fraude no concurso do Tribunal de Justiça, presidido pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO), no início de 2016.

“Ao interrogarmos as pessoas envolvidas na fraude do concurso do Tribunal de Justiça, eles confessaram que também haviam fraudado o concurso da Polícia Civil em 2012”, explica o delegado Adolpho Henrique. 

Durante a análise do certame, foram averiguados os exames que possuíam respostas semelhantes ao gabarito. Além disso, também foi constatado que alguns dos candidatos aprovados mantinham contato com os suspeitos presos na Operação Veritas.

Operação

A Operação Infiltrados, realizada pelo GRECO (Grupo de Repressão ao Crime Organizado) foi deflagrada ontem (9), e cumpriu 23 mandatos de prisão, entre prisões preventivas, temporárias e condução coercitiva, além de outros 27 de busca e apreensão.

Cerca de 100 policiais civis foram mobilizados para atuar na opeação, entre agentes do Greco, Corregedoria de Polícia Civil, Diretoria de Inteligência da SSP-PI, Gerência de Polícia do Interior, Metropolitana e Especializada, Unidades de Polícia Civil da Capital e do Interior, além da DRF – Delegacia de Roubos e Furtos da Polícia Civil do Ceará e da 24ª Delegacia Seccional de Araripina-PE.


Edição: Nayara Felizardo
Por: Nathalia Amaral
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