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Polícia procura homem suspeito de agredir mulher e provocar aborto

Vítima foi levada para a maternidade em estado grave, mas bebê de 7 meses já estava morto.

22/04/2016 12:33

A Delegacia da Mulher de Teresina está à procura de um homem suspeito de agredir a própria esposa a ponto de fazê-la sofrer um aborto e perder o bebê de sete meses que esperava. O caso aconteceu na Vila Vitória, zona Sul da Capital, e a vítima foi identificada como sendo Cleudiane da Conceição Araújo, 24 anos.

O caso aconteceu na quinta-feira da semana passada, dia 14, mas a família da vítima só procurou a polícia no começo desta semana. A informação é da delegada Vilma Alves, titular da Delegacia da Mulher. Segundo ela, o suspeito já tinha ameaçado a esposa inúmeras vezes, e cumpriu com o que vinha dizendo ao agredi-la brutalmente com socos e pontapés na última semana.

“É revoltante isso, porque como se não bastasse ele tê-la agredido como agrediu, a mulher ainda estava grávida. Ele não respeitou nem o filho que ela esperava. Atingiu a barriga dela, os braços, pernas, atacou onde podia. Não foi só agressão, foi espancamento, que é ainda mais grave. E no que depender de mim, isso não vai ficar impune”, declara a delegada Vilma.


Delegada Vilma Alves (Foto: Arquivo O Dia)

Em conversa com o PortalODia.com, a irmã de Claudiene, Joana D’Arc da Conceição, relatou que a jovem foi encontrada por vizinhos, que ouviram os gritos dela durante as agressões. Os populares chamaram a família, que a levou para a maternidade Dona Evangelina Rosa em estado grave.

“Lá, os médicos fizeram vários exames e disseram que teriam que tirar o bebê o mais rápido possível, mas ele já havia morrido. Na noite de ontem, ela foi levada para o HUT em estado grave e permanece lá, com hematomas por todo o corpo e bastante debilitada”, relata Joana.

Sobre a investigação, a delegada Vilma Alves disse que o caso ficou mais complicado porque a família demorou a procurar a polícia. Essa demora, segundo ela, foi suficiente para acabar o prazo da prisão em flagrante do suspeito, que é de 24 horas do crime, e deu tempo para que ele pudesse planejar melhor uma fuga.

“É difícil, porque nós incentivamos as mulheres a denunciar, a procurar o apoio da lei, mas elas têm medo. Medo de serem julgadas, medo dos companheiros, medo que ninguém fique do lado delas. Isso só reafirma o silêncio. Mas nós estamos em diligências e vamos encontrar o responsável por isso. A lei vai ser cumprida sim”, finaliza a delegada Vilma.

Por: Maria Clara Esrêla
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