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Polícia indicia estudante que postou fotos de jovem em site de acompanhantes

Suspeito será julgado pelos crimes de difamação, injúria e falsa identidade, uma vez que ele se passou pela vítima ao publicar os anúncios como se fosse ela.

24/02/2017 16:29

A Polícia Civil do Piauí, por meio da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática, conseguiu desvendar nesta sexta-feira (24) um crime praticado por um estudante universitário de iniciais P.I.D.R., que colocou, sem autorização, fotos de uma jovem em dois anúncios de um site virtual de acompanhantes, intitulando-a como garota de programa.

O crime foi praticado em maio de 2016, e, segundo a Polícia, o anúncio publicado sem a autorização da vítima chegou a ter aproximadamente 900 acessos em apenas dois dias. 

De acordo com o delegado Daniell Pires Ferreira, titular da delegacia especializada, o suspeito teve acesso às fotos da jovem por meio do seu perfil numa rede social. Vítima e acusado teriam rompido uma amizade de forma desagradável, o que teria motivado a prática do delito.

Para identificar o autor do crime os investigadores realizaram "várias diligências em campo cibernético, inclusive realizando tratativas com aplicações de internet situadas fora do Brasil".

Interrogado na presença de seu advogado, o principal suspeito confessou a pratica dos delitos investigados. Agora, o inquérito policial será encaminhado para a Justiça, onde P.I.D.R. deve ser julgado pelos crimes de difamação, injúria e falsa identidade, uma vez que o suspeito passou-se pela vítima ao publicar os anúncios como se fosse ela.

Além disso, o delegado Daniell Pires explica que o estudante universitário ainda foi enquadrado no inciso III do artigo 141 do Código Penal, que prevê a possibilidade de aumento das penas por injúria e difamação em um terço, caso os crimes tenham sido praticados na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da ato difamatório.

"Frisa-se que essa Delegacia Especializada fora criada para combater os crimes perpetrados em ambientes virtuais, eletrônicos e computacionais, locais esse que os criminosos usam acreditando que não serão identificados. A solução desse crime demonstra que qualquer crime realizado nesses ambientes será prontamente investigado por essa especializada, impossibilitando assim que possíveis criminosos virtuais fiquem impunes", salienta o delegado Daniell Pires.

Por: Cícero Portela
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