Uma ossada humana que seria do eletricista piauiense Paulo Gerson Benício, de 22 anos, foi localizada no último sábado (31) no município de Luziânia, no Entorno do Distrito Federal, no estado de Goiás. A família do rapaz procurava por ele há dois meses, desde que Paulo tinha saído de casa para trabalhar e nunca mais foi visto.

Segundo o titular da Delegacia de Homicídios, delegado Eduardo Gomes, o registro de desaparecimento foi feito pela própria acusada de ser a mandante do crime, Odete Alves Cerqueira Pereira, de 60 anos. Ela era namorada da vítima e já havia feito ameaças quando ele demonstrou interesse em acabar com o relacionamento. "Inciamos as investigações ouvindo os parentes do rapaz. Eles relataram os problemas que o casal tinha e sugeriram que a mulher poderia estar envolvida, pois ela tinha falado que se não fosse com ela, Paulo Gerson não ficaria com mais ninguém", relatou o delegado ao PortalODIA.

De acordo com as investigações, a mulher pagou a quantia de R$ 300,00 e prometeu dar o celular da vítima para o executor do crime, identificado como Ednardo Ribeiro Silva Junior, de 22 anos. A namorada dele, uma adolescente de 17 anos, também teria participação no acordo. 

Ela foi apreendida na última quinta-feira (27) e teria denunciado como aconteceu a dinâmica do crime. Odete Alves também foi presa na quinta-feira e o executor no sábado. Foi ele quem informou onde estava o corpo, que foi queimado para dificultar as investigações.

A apreensão e as prisões foram possíveis depois que a mãe de Ednardo gravou um áudio no qual Odete confessava o crime. "A mulher foi conversar com a mandante para conseguir essa prova porque tinha medo que somente o filho fosse culpado pelo crime", disse o delegado.

A vítima era conhecida do executor e foi enforcada no momento em que deu as costas para o assassino. "Ele foi surpreendido, pois não imaginava o que iria acontecer. Nem teve chance de defesa", conta o delegado Eduardo Gomes. Já sem vida, Paulo Gerson foi levado para um terreno baldio da zona rural do município de Luziânia. Ele morava há quatro anos na cidade goiana

Por: Nayara Felizardo