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Polícia conclui inquérito sobre a morte de PM e indicia sete pessoas

Último a ser preso foi José Ivaldo Firmino de Oliveira, ex-rei momo do Carnaval de Teresina.

17/03/2017 16:55

A Delegacia de Homicídios concluiu na tarde de hoje (17) o inquérito da morte do cabo da PM Valdir Mendonça do Vale, assassinado durante um assalto na Avenida Jóquei Clube no último dia 07. Ao todo, seis pessoas foram indiciadas: Regifran Marques, piloto da moto que levava o autor do homicídio; Juliano Kelson Mourão da Silva, que efetuou os disparos; Hilber Sousa Silva; José Luís Neto, José Torres Neto e Ivaldo Firmino de Oliveira Júnior. Este último foi preso na manhã de hoje em Teresina acusado de ser o dono do veículo que deu apoio e fuga ao autor do homicídio do PM.

Além destas seis pessoas, a polícia apreendeu e indiciou ainda uma adolescente, que trabalhava na clínica da qual o cabo Valdir era segurança. Ela teria repassado informações privilegiadas à quadrilha a respeito das datas de pagamento e descontos de cheque, apontando o melhor dia para que o assalto fosse realizado. “Ela entrou no esquema a convite do meio irmão, o Hilberson, que foi apontado como sendo o líder da quadrilha”, explica o delegado Higgo Martins, que presidiu a investigação.


O delegado Higgo Martins presidiu as investigações da morte do cabo da PM Valdir do Vale (Foto: Elias Fontinele/O Dia)

A última prisão do inquérito foi realizada na manhã de hoje, quando a polícia localizou o ex-rei momo José Ivaldo Júnior. Na casa dele, foi encontrado o veículo modelo Nissan Versa, de cor prata, que deu apoio e fuga aos criminosos no dia do latrocínio que culminou na morte do cabo Valdir. De acordo com o delegado Higgo, José Ivaldo, mais conhecido como “Júnior Porca”, permaneceu calado durante todo o interrogatório, se negando a dar informações a respeito de sua relação com os outros presos na ação.


Carro usado para dar fuga aos criminosos e que foi encontrado na casa do ex-rei momo José Ivaldo Oliveira Júnior (Foto: Elias Fontinele/O Dia

“Ele tem essa prerrogativa de se manter esse silêncio garantida em Lei, mas as provas matérias que temos contra ele são muito robustas. O carro usado no dia do crime, identificado pelas imagens das câmeras de segurança próximas ao local, foi encontrado na casa dele, o veículo tinha manchas de sangue humano na parte de trás, onde o Juliano, autor da morte do PM, que também ficou ferido na troca de tiros, entrou. Isso sem contar que o José Ivaldo esteve sumido desde o dia do crime, sem manter contato nenhum com amigos e familiares”, explica o delegado Higgo Martins.


Mototáxi usada pelos criminosos para perseguir e assaltar o funcionário da clínica no assalto que culminou na morte do cabo Valdir (Foto: Elias Fontinele/O Dia)

José Ivaldo foi transferido no começo da tarde de hoje para a Penitenciária de Altos, onde permanece preso preventivamente. Os outros indiciados também já foram todos encaminhados para o sistema prisional, com exceção da adolescente, cujo processo corre na Delegacia de Segurança e Proteção ao Menor Infrator (DSPM).

Os autos já foram entregues à Justiça e caberá ao juiz da Central de Inquéritos julgar as provas coletadas pela polícia e aplicar as penas cabíveis.

Por: Maria Clara Estrêla
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