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Polícia Civil apresenta o balanço de operação em Curimatá

Ação resultou na prisão de cinco pessoas, morte de outras e na desarticulação de uma quadrilha especializada em roubos a bancos.

18/05/2016 13:01

A Polícia Civil do Piauí, através do GRECO (Grupo de Repressão ao Crime Organizado), apresentou, na manhã de hoje (18), o balanço final da operação realizada em Curimatá, após a explosão de uma agência do Banco do Brasil. A ação resultou da desarticulação de uma quadrilha especializada em assaltos a bancos, com a prisão de cinco pessoas. Outros cinco suspeitos foram mortos em confronto com a polícia e três seguem foragidos.

Fotos: Moura Alves/O Dia


Coronel Paulo de Tarso, comandante de Policiamento do Interior

De acordo com o comandante de Policiamento do Interior, coronel Paulo de Tarso, os criminosos já tinham vasta experiência em ataques a instituições financeiras e eram treinados para progressão na Caatinga. “A Polícia Federal já tinha informações importantes sobre esses assaltantes e tudo nos foi repassado. Só em 2015, eles fizeram oito assaltos a bancos na Bahia. Os suspeitos são de famílias que sempre tiveram ligação com este tipo de crime e receberam um treinamento de como se esconder e sobreviver no mato, o que dificultou um pouco nosso trabalho”, explica o coronel.


O comandante do GTAP, coronel Josué Saraiva, disse que a região onde ocorreram os confrontos era bastante inóspita

A região onde ocorreu o confronto com a polícia fica entre Curimatá, Avelino Lopes e Morro Cabeça no Tempo. Segundo o coronel Josué Saraiva, comandante do Grupamento Aéreo (GTAP), que deu apoio nas buscas, aquela área é bastante inóspita em termos, com escassez de alimentos e água. “São trechos em que a gente percorre quilômetros sem achar uma moradia, e isso dificultou um pouco a fuga deles, que não tinham pontos de apoio”, resume o coronel Saraiva.


O comandante do BOPE, major James Sean, deu detalhes do poder de fogo da quadrilha

Uma das características da quadrilha que mais chamou a atenção da polícia foi o poder de fogo. Com os criminosos, foram apreendidas submetralhadoras, quatro fuzis e várias pistolas. Esse armamento, segundo o BOPE, utiliza munição supersônica, de alta potência, que causa lesões graves quando atingem o corpo humano. O major James Sean, comandante do Batalhão, explica que esse tipo de arma geralmente vem de outros países e entra no Brasil de forma ilegal.

Com relação à apreensão em dinheiro, o valor encontrado com os presos é bem pequeno em relação à quantia que geralmente se consegue em um assalto a banco. A informação é do delegado Gustavo Jung. “Nós ainda não contamos quanto foi recuperado, mas é bem pouco perto do que eles conseguiram levar com o roubo. Acreditamos que o restante do dinheiro esteja em poder dessas três pessoas que ainda seguem foragidas”, finaliza o delegado.

Mortes

O coronel Paulo de Tarso, comandante do Interior, rebateu as acusações de que a polícia estaria executando sumariamente os envolvidos no assalto ao banco. Ele explica que a PM agiu como deveria numa situação de confronto com criminosos, e destacou que os suspeitos declararam aos reféns que não iriam se entregar em momento algum. “Eles confrontaram a polícia e disseram que iriam resistir até o fim. Consequentemente, houve o confronto, mas o nosso objetivo não é matar. É prender. Agimos dentro da lei. Quem ultrapassou os limites da lei foram eles”, afirmou o coronel.

Por: Maria Clara Estrêla, com informações de Nayara Felizardo
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