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Piauiense morre em confronto com a Polícia Militar de São Paulo

Carlos Augusto Muniz trabalhava como camelô e teria resistido a abordagem da PM.

19/09/2014 09:28

Um confusão entre ambulantes e policiais militares ocorrida por volta das 17 horas desta quinta-feira (18) em São Paulo terminou na morte do piauiense Carlos Augusto Muniz Braga 30 anos, (foto ao lado) que foi atingido por um tiro na boca. Carlos Augusto era natural de Simplício Mendes e trabalhava no mercado informal na capital paulista. Um policial militar também ficou ferido no confronto.

Segundo a PM de São Paulo, a confusão começou quando três policiais militares participantes da Operação Delgada tentaram apreender DVDs piratas que estavam sendo comercializados ilegalmente por ambulantes na Rua 12 de Outubro.

Ainda de acordo com a PM, Carlos Augusto teria se negado a entregar os produtos e recebeu voz de prisão. Foi o momento em que um grupo de 30 camelôs saiu em defesa do colega e iniciou a briga com os policiais.

Segundo a major Dulcineia Lopes de Oliveira, um dos policiais teve parte do colete arrancado e outro agente da polícia foi encurralado pelos ambulantes dentro de uma loja e jogado no chão. Na confusão, segundo a major, foi dado um disparo acidental que atingiu a boca de Carlos Augusto. Ele foi socorrido ao Hospital das Clínicas, mas não resistiu aos ferimentos.

Testemunhas contestam a versão da PM. Segundo a irmã de Carlos Augusto, que presenciou a cena, o irmão só estava tentando ajudar colegas envolvidos na briga. "Ele só foi socorrer o amigo dele que estava no chão, outro camelo, quando o policial não pensou duas vezes e atirou na boca dele.", contou ela, que não quis se identificar.

Após o disparo, houve um pequeno confronto entre ambulantes e policiais, que usaram balas de borracha e bombas de gás. Os ambulantes tentaram se proteger montando barricadas com lixo queimado e usando pedras. Pelo menos cinco pessoas foram detidas e encaminhadas para o 7º DP da Lapa. Todo o comércio da região fechou as portas e as ruas do entorno foram interditadas. A major Dulcineia informou que vai ser aberto um inquérito policial militar para apurar as circunstâncias do disparo.

Fonte: Estadão
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