Os peritos do Instituto Médico Legal (IML) de Parnaíba concluíram a primeira fase da análise do corpo do menino de dois anos morto na última sexta-feira (21). A criança teria sido estuprada, e faleceu em decorrência de infecção gerada pelos abusos. Os exames identificaram que o bebê apresentava doença sexualmente transmissível.
Segundo o investigador Robson Castilho, a primeira fase da perícia, que teve seus resultados divulgados hoje, atestou que realmente houve o crime de estupro, pela natureza dos ferimentos e pelo material genético encontrado no corpo da vítima.
O exame constatou que a criança faleceu em decorrência de uma parada cardiorrespiratória, gerada por infecção generalizada iniciada na região do ânus. O menino foi infectado com sífilis, doença transmitida pelo contato com feridas na região genital, que é mais uma prova que o da violência sexual.
O investigador Robson explica que agora será feita uma segunda fase da perícia, a ser realizada em Teresina. Segundo ele, essa fase dará conta de estudar o material colhido e compará-lo com amostras retiradas do pai do menino, principal suspeito pelo crime.
Relembre
O menino, de apenas dois anos, foi atendido no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde, em Parnaíba, na última sexta-feira, com ferimentos na região do ânus. Os médicos do hospital perceberam a natureza das lesões no corpo da criança e a ocorrência de doença sexualmente transmissível, e avisaram a polícia.
Saiba mais:
Menino de dois anos morre após sofrer estupro, no litoral do Piauí
A criança morava com a mãe e o pai, no município de Ilha Grande, no litoral do Piauí. "O pai é o principal suspeito no momento, por que ele já é acusado por crime idêntico: ele tentou violentar a enteada, também menor de idade", informa o investigador Robson Castilho.
Edição: Nayara FelizardoPor: Andrê Nascimento