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Órgãos humanos estão apodrecendo no IML de Parnaíba

As duas geladeiras de conservação cadavérica do Instituto estão queimadas.

05/01/2015 13:52

�“rgãos humanos retirados para análise criminal estão em estado de decomposição em Parnaíba. Acontece que as duas geladeiras do Instituto Médico Legal (IML) do município estão queimadas e não funcionam para refrigerar os corpos. Uma delas, que comporta seis corpos está sem funcionar há oito meses. A outra, menor e que suporta apenas quatro corpos já está queimada há mais de um ano. 

Segundo o auxiliar de necropsia, Robinson Castillo, existem vários órgãos apodrecendo, entre eles um útero e um fragmento de pulmão, que foi retirado de uma vítima de afogamento no último dia dois de janeiro. �€œNão temos mais condições de manter corpos aqui. Sem falar nos órgãos que são retirados como provas criminais. Os médicos legistas estão fazendo a parte deles, ao retirar o material para análise, mas sem a refrigeração, os órgãos estão apodrecendo�€, afirma o auxiliar de necropsia Robinson Castillo.

Além destes problemas, Robinson relata que o gerador de energia do lugar também está queimado e que até agora nada foi feito para tentar amenizar os problemas. Também falta de estrutura e gasolina para o transporte com o carro tumba. �€œNós não podemos nem mesmo nos deslocar para irmos buscar algum corpo em uma cidade vizinha. Estou com um quarto de tanque para o resto do mês de janeiro e foi a prefeitura quem abasteceu. Além disso, estamos com problemas no sistema de geração de energia faz muito tempo�€, finaliza.

O deputado federal eleito, capitão Fábio Abreu (PTB), indicado para assumir a Secretaria de Segurança Pública do Estado assim que for empossado na Câmara Federal, afirmou que o problema das geladeiras deve ser resolvido ainda esta semana. �€œNós temos três novas geladeiras para serem enviadas para Parnaíba. Estamos esperando apenas por um caminhão para deixarem elas lá. Além disso, elas são para congelamento, o que é melhor do que as que existiam antes, que são apenas de conservação�€, afirma o capitão. 

Edição: Nayara Felizardo
Por: Francicleiton Cardoso - Jornal O DIA
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