O diretor do NUCEPE
(Núcleo de Concursos e Promoção de Eventos), Jorge Martins, comentou hoje (9)
após a deflagração da operação Infiltrados, da Polícia Civil, que o esquema de
segurança dos concursos públicos poderia ser fortalecido com mais
investimento.
Após os sucessivos casos de fraude em concurso, o coordenador comenta que poderia investir em mais detectores de metais e rastreadores eletrônicos, equipamentos que poderia combater a chamada “cola eletrônica”. “Geralmente, as quadrilhas se utilizam de pontos, escutas telefones, coisas que não são percebidas pelo detector de metais”, explica Jorge.
A operação realizada pelo GRECO (Grupo de Repressão ao Crime Organizado) foi deflagrada hoje, e deve cumprir 23 mandatos de prisão, entre prisões preventivas, temporárias e condução coercitiva, além de outros 27 de busca e apreensão. Entre os alvos, há trezes policiais civis. Os presos são suspeitos de participar da fraude ao concurso público para a polícia, realizado em 2012.
Segundo Jorge, a investigação que culminou na operação realizada hoje partiu do caso de fraude no concurso do Tribunal de Justiça , descoberta em março do ano passado. O núcleo é apontado pela própria Polícia Civil como de fundamental importância na elucidação dos casos de fraude.
“Nós temos procedimentos internados relacionados à comparação de gabaritos. Quando detectamos questões, nós enviamos à Polícia Civil”, disse Jorge Martins. Em outros casos, como o da Operação Infiltrados, as informações são solicitadas pelos investigadores.
Edição: Nayara FelizardoPor: Andrê Nascimento