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Mulher envolvida na morte de PM do BOPE se entrega ao GRECO

Thaís Monait Meris de Oliveira era a responsável por monitorar os passos do cabo Claudemir e avisar aos executores o momento de se aproximarem.

08/12/2016 09:20

A mulher envolvida na morte do PM do BOPE, Claudemir Sousa (foto abaixo) foi presa pelo GRECO no final da noite de ontem (07). Thaís Monait Meris de Oliveira era a responsável por monitorar os passos da vítima e fazer sinal para os executores quando fosse o momento oportuno para eles se aproximarem e praticar o homicídio. A informação é do delegado Genival Vilela, do GRECO, que ouviu a acusada.

De acordo com ele, Thaís é namorada de Francisco Luan de Sena, um dos executores preso na madrugada seguinte ao crime. Ela, no entanto, nega que tenha participação no homicídio e afirma que estava no local do crime a convite do namorado, que tinha reservado uma mesa em uma pizzaria próxima à academia onde o cabo Claudemir praticava exercícios. “

Ela nega veementemente que tenha feito qualquer gesto para informar aos executores da saída do PM da academia. Disse que o namorado, o Luan, a tinha levado até lá para comer uma pizza e que, de repente, ouviu os disparos e o PM caído. Mas não é isso que dizem os outros envolvidos”, explica o delegado Genival Vilela.

O nome de Thaís foi mencionado por Flávio Willame da Silva, preso na tarde de ontem (07), acusado de atirar contra o cabo Claudemir. Em seu depoimento, ele afirma que portava um revólver calibre 38 e que não sabia que a vítima era policial. Ainda, segundo Flávio, Thaís era a responsável por dizer para os executores quem era o alvo.

Em seu depoimento ao delegado Genival, Thaís negou que tivesse conhecimento do fato, mas reconheceu Wesley Marlon Silva, também tido como um dos executores do cabo Claudemir. Wesley foi o primeiro dos sete envolvidos a ser preso e confessou sua participação. Na casa onde ele foi encontrado, a polícia apreendeu três armas de fogo, sendo duas delas usadas no crime contra o PM.


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Thaís Monait foi autuada em flagrante, apesar de ter se entregado. O delegado Genival Vilela conta que ela percebeu que não teria como escapar do cerco policial e entrou em contato com a Polícia Militar para combinar de se apresentar. Sua prisão se deu em frente à Maternidade Dona Evangelina Rosa, na presença de policiais do GRECO e do BOPE.

Após prestar depoimento, ela foi encaminhada para um Distrito Policial em Teresina, e os outros seis presos foram levados para a Central de Flagrantes. Todos aguardam, no momento, a audiência de custódia, no qual falarão a um juiz sobre todo o ocorrido.

Entenda o caso

Francisco Luan de Sena, Igor Andrade Sousa e Wesley Marlon Silva, Flávio Willame da Silva e Thaís Monait Veris de Oliveira foram presos durante o dia de ontem (07) acusados de terem participação do assassinado do cabo Claudemir Sousa, do BOPE. Ele foi morto com quatro tiros quando saía de uma academia no bairro Saci na noite da terça-feira (06). Além destes cinco, a polícia prendeu ainda o taxista José Roberto Leal da Silva, o Beto Jamaica, apontado como o agenciador dos executores, e Leonardo Ferreira Lima, funcionário do setor de cargas da Infraero e mandante do crime. A execução do cabo Claudemir teria sido por motivos passionais.

Claudemir Sousa entrou para a Polícia Militar em 2008 e desde 2009 integrava o BOPE. Ele era especializado em trabalhos com explosivos e tinha treinamentos pela Força Nacional de Segurança.

Por: Maria Clara Estrêla
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