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Mulher encontrada carbonizada pode ter sido vítima de overdose

Supostos parentes da mulher se apresentaram à delegacia e reconheceram alguns pertences encontrados junto ao corpo.

06/07/2015 11:50

A Delegacia de Homicídios informou, nesta segunda-feira (06), que supostos parentes da mulher encontrada carbonizada em um lixão na Vila Irmã Dulce na última quinta-feira (02) se apresentaram à delegacia e reconheceram alguns pertences encontrados junto ao corpo.

Segundo o Delegado Baretta, coordenador da delegacia, compareceram à Homicídios o marido da vítima, a filha e o irmão. A mulher foi identificada como Maria Adalgisa de Araújo Lima, de 38 anos, moradora do bairro.

Foto: Ana Paula Diniz/O Dia

A família informou que Maria Adalgisa era usuária de drogas e que vinha recebendo várias ameaças há algum tempo. Os familiares foram encaminhados, hoje pela manhã, ao IML para fazer exames e colher material genético que será comparado ao da mulher encontrada.

A polícia conversou com os familiares da vítima que informaram que a última vez que Adalgisa foi vista foi no dia anterior ao que o corpo foi encontrado. Eles disseram que ela estava se dirigindo ao município de Nazária para pegar móveis de uma mudança na companhia de um conhecido que lhe ajudava no transporte do material. Esse conhecido é apontado como um dos suspeitos de ter cometido o crime.

"Ele é marceneiro e conhecia a vítima já há algum tempo. E a própria família informou que ela já vinha sofrendo ameaças há algum tempo de uma pessoa que seria sua conhecida", afirma o delegado Baretta. O marido da vítima disse à polícia que Adalgisa teria saído de casa com uma quantia em dinheiro, mas que esse valor não foi encontrado em lugar nenhum, podendo ter sido subtraído por quem quer que estivesse por perto no momento de sua morte.

A polícia ouviu o marceneiro, mas o delegado Baretta disse que suas declarações apresentaram várias contradições que estão sendo investigadas.

Diante dos fatos, a polícia trabalha com duas linhas de investigação: homicídio e morte natural com ocultação de cadáver. "Primeiro: a vítima era usuária de drogas, pode ter tido uma crise de overdose e morrido próximo a alguém que ficou com medo de uma investigação e queimou seu corpo para apagar qualquer pista de contato. Segundo: a vítima lhe matou para lhe roubar alguma coisa ou para acertar algum tipo de conta e queimou o corpo para apagar pistas de um assassinato com requiintes de crueldade", finaliza o delegado.


Carrocinha encontrada próximo ao corpo da vítima

Próximo ao corpo, a polícia encontrou uma carrocinha que teria sido usada para levar a vítima morta até o local onde foi encontrado. Esse mesmo veículo teria sido utilizado ainda para transportar os móveis que a vítima teria ido pegar em Nazária. A perícia encontrou restos de serragem de madeira nos locais do corpo da vítima que estavam carbonizados.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Maria Clara Estrêla e Ithyara Borges (estagiária)
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