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MP pede que acusadas de estelionato sejam incluídas na lista da Interpol

Mãe e filha são acusadas de aplicarem golpes que somam mais de R$ 300 mil através de uma loja virtual em Teresina.

25/04/2018 13:59

O Ministério Público do Piauí pediu a inclusão do nome de duas mulheres suspeitas de aplicarem golpes em clientes, por meio da loja virtual Chez Gaby, na lista da Interpol. A proprietária da loja, identificada como Ana Gabriela Coelho Lima, e a mãe dela, Teresinha Coelho Lima, estão foragidas desde fevereiro deste ano, suspeitas de aplicarem golpes que somam até o momento mais de R$ 300 mil. Segundo o MP, as duas mulheres fugiram para os Estados Unidos.

A promotora Micheline Serejo explica que o pedido foi feito após as acusadas de estelionato não serem encontradas pela Polícia para prestar esclarecimentos sobre o caso. A Justiça chegou a expedir mandados de prisão preventiva para as envolvidas, mas mãe e filha não foram encontradas. A página oficial da loja no Instagram, onde eram feitas as vendas do produtos, foi retirada do ar.

Produtos eram vendidos através das redes sociais. (Foto: Reprodução/Instagram)

De acordo com a promotora, mais de 100 boletins de ocorrência foram registrados pelos clientes que teriam sido lesados pela proprietária da Chez Gaby. No entanto, a promotora alerta que esse número pode ser bem maior. “Podem ser mais porque muitas vezes as pessoas deixam para lá, por não saberem onde levar o boletim de ocorrência. Então estamos pedindo para as pessoas registrarem o B.O e procurarem o Ministério Público para incluir o nome em uma lista”, explica a promotora Micheline Serejo.

O pedido para inclusão dos nomes das suspeitas na lista da Interpol deve ser apreciado pelo juiz da Central de Inquéritos de Teresina. Até o momento, o juiz ainda não fez o despacho do documento.

Um vídeo compartilhado no WhatsApp mostra o momento em que Ana Gabriela deixa seu apartamento com malas para viajar aos Estados Unidos, logo após as denúncias de estelionato. Segundo os próprios clientes da empresária, essa é a última vez que ela foi vista no Brasil.


Entenda o caso

A reportagem do O DIA informou, em fevereiro deste ano, que a proprietária da loja Chez Gaby estava sendo procurada pela Polícia por suspeita de aplicar golpes em clientes de Teresina. Na época, 40 pessoas haviam se manifestado sobre o possível golpe, mas apenas 14 haviam formalizado o boletim de ocorrência.

De acordo com o relato das vítimas, Ana Gabriela fazia viagens constantes ao exterior, onde fazia a compra de produtos importados que eram vendidos através das redes sociais e aplicativos de mensagem. No entanto, dezenas de pessoas afirmam que após o pagamento, os produtos não eram entregues. Alguns dos pagamentos eram feitos na conta bancária da mãe de Ana Gabriela, Teresinha Coelho Lima.

Uma das vítimas que preferiu não ser identificada contou que comprou quase R$ 5 mil em produtos na loja, incluindo maquiagens e um smartphone que seriam trazidos do exterior. Contudo, após a transferência bancária realizada no mês de novembro de 2017, os produtos não foram entregues. 

Com medo de serem prejudicados, alguns dos clientes criaram um grupo no aplicativo WhatsApp para compartilhar informações sobre o paradeiro de Ana Gabriela. O grupo conta com mais de 100 pessoas, sendo que algumas compraram através da loja virtual em julho de 2017 e até aquele momento não haviam recebido os produtos. 

Outro lado 

A proprietária da loja foi procurada pela reportagem do O DIA, mas não foi encontrada para prestar esclarecimentos sobre o caso. O portal O DIA reitera que o espaço continua aberto para quaisquer posicionamentos.

Por: Nathalia Amaral
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