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Motorista baleado no Centro era assaltante e tinha passagens, diz Strans

Aderlan Rafael Gomes da Silva é conhecido como Rafael Guerra e já tinha sido preso por assaltos à mão armada e porte de droga.

18/04/2017 16:18

Atualizada às 18h25min

Aderlan Rafael Gomes Ferreira, mais conhecido como Rafael Guerra, já tinha passagens pela polícia. A informação é do gerente de trânsito da Strans, coronel Jaime Oliveira. De acordo com ela, pesam contra Rafael várias acusações criminais anteriores ao episódio de hoje com os agentes de trânsito. 

"Ele já tem três flagrantes por porte de droga, porte de arma e assaltos. Sem contar que já havia sido preso por adulteração de chassi de carros. Então se ele resistiu á abordagem, é porque devia e sabia disso", destacou o coronel, que se encontra na Central de Flagrantes aguardando a chegada de Rafael. 

Ele foi levado para o HUT após ser atingido no rosto por um disparo de arma de fogo. Ainda segundo a Strans e a Polícia Militar, Rafael estaria atuando em uma nova modalidade de crime, em que oferece carona às pessoas para o Centro, cobrando presos abaixo do praticado pelo transporte público, mas assalta essas pessoas durante o percurso.

"Ele se passa por desinteressado, oferece a carona a um preço módico e no meio do caminho, anuncia o roubo. Não foi à toa que recebeu ordem de parada", finaliza o coronel Jaime Oliveira.

Iniciada às 16h18min

Um motorista autônomo, identificado como Aderlan Rafael Gomes Ferreira, foi alvejado com um tiro no rosto, no cruzamento das Rua Areolino de Abreu com Rui Barbosa. De acordo com populares que passavam pelo local, ele teria estacionado de maneira irregular, foi abordado por agentes da Strans e teria resistido à aproximação, acelerando com o carro. No momento em que acelerou, ele foi atingido pelo disparo. As testemunhas informaram que o tiro teria partido da arma de um policial, que teria flagrado a reação e atirou para fazer Rafael parar.

Uma ambulância do Samu foi acionada e esteve no local para prestar socorro a Rafael. Em conversa com o PortalODia.com, um amigo do motorista relatou que houve exagero por parte da abordagem da Strans e da Polícia Militar. Richardson Sampaio conta que Rafael havia parado apenas para que um passageiro desembarcasse, e que não iria estacionar irregularmente no local. Ele nega ainda que o amigo tenha acelerado quando viu os agentes da Strans se aproximando. “Ele fazia um trabalho honesto, nunca fez mal para ninguém. O que aconteceu é que já chegaram com truculência, mandando sair do carro. Não teve resistência nenhuma. Nem deram tempo de ele reagir de alguma forma”, afirma Richardson. 

Fotos: Jailson Soares/ODIA

Ele explicou que trabalha com Rafael em uma cooperativa de transporte de passageiros entre os bairros e o Centro de Teresina, o que é considerada uma atividade de transporte ilegal. “Nós não pertencemos a nenhuma empresa privada ou pública, apenas nos juntamos para fazer uma renda extra e levamos as pessoas de casa até o Centro. Nós temos uma lista de contatos que sempre nos acionam quando preciso. Mas é um trabalho honesto e não havia motivo para essa truculência toda”, finaliza Richardson.

Ele conta que havia um passageiro no carro com Rafael quando tudo aconteceu, mas que a pessoa não ficou ferida. Esse passageiro não foi identificado.

A reportagem tentou ouvir os policiais militares que isolavam o local mas nenhum quis se pronunciar sobre o ocorrido. A Strans também já não se encontrava no local.

Por: Maria Clara Estrêla
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