O laudo dos exames realizados para comprovarem se a criança de 4 anos sofreu violência sexual apontou que houve a ruptura incompleta do hímen da menina. A mãe e o padrasto presos ontem (09) acusados de maltratarem a menina que possui deficiência auditiva tiveram a liberdade concedida ainda na tarde desta quarta-feira após participarem da audiência de custódia.
Diante do laudo, o Conselho Tutelar vai registrar um boletim de ocorrência sobre estupro cometido. “Eu não sei se o juiz teve conhecimento do laudo antes da audiência. Mas foi comprovada a violência sexual, o laudo apontou que houve ruptura incompleta do hímen. Isso é estupro de vulnerável, está no artigo. E o fato dela ter uma deficiência é mais um agravante”, explicou o conselheiro.
O conselheiro tutelar Djan Moreira (Foto: Reprodução)
Segundo o delegado Jetan Pinheiro, com a confirmação do
estupro, a polícia civil vai entrar com um novo processo. “Agora que tivemos
acesso ao laudo que comprova a violência sexual, vamos representar de novo com
a preventiva do casal para eles não ficarem soltos. Ontem o juiz estipulou
algumas medidas preventivas, como a não aproximação do casal à criança, mas
agora vamos pedir a prisão preventiva”, afirmou.
Os dois confessaram que batiam na menina e a mãe dela teria revelado a uma vizinha a intenção de matá-la. Revoltado, o conselheiro que acompanhou o caso, Djan Moreira, disse que vai entrar com um pedido de prisão junto ao Ministério Público. “Isso é um absurdo. A menina foi espancada, sofreu violência sexual e ainda não há provas para eles ficarem presos? Vamos tomas as providências necessárias”, disse Djan.
A menina continua internada no HUT com o quadro de saúde estável. Ela está sendo acompanhada pela vó materna, que pediu a guarda da neta e das outras cinco crianças, irmãos da vítima.
Entenda o caso
Policiais do 9º BPM realizaram na madrugada de ontem a prisão da mãe e do padrasto de uma menina de 4 anos. Os dois são acusados de maus tratos à criança que possui deficiência auditiva. Ela foi internada no HUT.
A criança apresentou múltiplas lesões no corpo e, após exame, foi constatado lesões na região genital, como também foi verificado que um dos ossos da menina estava fraturado. Além disso, a menina estava há quatro dias sem comer. A mãe explicou o fato afirmando que a filha rejeitava à alimentação.
Uma das vizinhas da família relatou ao Conselho Tutelar que a mãe já havia comentado que teria a intenção de matar a criança devido à sua deficiência.
Edição: Nayara Felizardo