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Justiça manda soltar policial civil preso por extorsão; usará tornozeleira

O policial Cristóvão Clarck está sendo monitorado 24 horas por dia e com restrições de horário.

13/05/2016 12:40

O Tribunal de Justiça do Piauí, através do desembargador Edvaldo Moura, determinou a liberação do policial civil Cristóvão Clarck, detido no último dia 09 pelo crime de extorsão. Ele cobrava até R$ 1 mil de parentes de presos da Central de Flagrantes para facilitar a soltura. A informação é do corregedor da Polícia Civil, delegado Adolpho Soares. De acordo com ele, Cristóvão Clarck está sendo monitorado 24 horas por dia por uma tornozeleira eletrônica.

“Ele foi liberado da delegacia onde estava preso, mas continua à disposição da Justiça e da Polícia Civil até que o inquérito seja concluído, o que deve ocorrer dentro de 30 dias. Antes, com ele detido, nós tínhamos apenas 10 dias para entregar o relatório da investigação para a Justiça”, explica o delegado Adolpho. Cristóvão Clarck estava preso no 13º Distrito Policial de Teresina.

Sobre a investigação de sua conduta, a Corregedoria da Polícia Civil informou que já ouviu várias testemunhas, e que o relato delas da abordagem e das propostas feitas pelo perito são bastante semelhantes. O delegado Adolpho Soares afirma que a atitude de Cristóvão “em nada condiz com o que se espera de um oficial da lei”. A Corregedoria da Polícia Civil já abriu processo administrativo contra o perito, que pode ser expulso da Corporação.

“São dois processos: a da Justiça comum, que avalia a conduta dele pelo crime de extorsão; e o que a Corregedoria abriu, que avalia a conduta baseado nas regras da Corporação Polícia Civil. A atitude dele revele totalmente uma inversão de valores”, finaliza o delegado Adolpho.

Entenda

O policial civil Cristóvão Clarck foi preso no começo desta semana sob suspeita de estar cobrando de parentes de presos para facilitar solturas na Central de Flagrantes de Teresina. A denúncia junto à Corregedoria da Polícia Civil foi feita pelo familiar de um desses presos, dizendo ter recebido uma proposta do perito: se ele lhe pagasse R$ 1 mil, Clarck garantiria a liberação do preso.

Por: Maria Clara Estrêla
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