A inspeção realizada esta semana Pelo Ministério Público
Estadual na Penitenciária Regional de Campo Maior, inaugurada há pouco mais de
um mês, constatou que um preso com tuberculose e sem acesso a remédios estava
na mesma cela de outros detentos, o que representa um grande risco de infecção.
O problema não deveria ocorrer, pois o presídio não está superlotado. Com capacidade para 160 pessoas, apenas 97 presos considerados de bom comportamento foram transferidos para a unidade.
A equipe de inspeção, formada pelo promotor Luciano Lopes, pelo juiz da 1ª Vara de Campo Maior Muccio Miguel Meira e por um representante da defensoria pública, encaminhou ao Governador Wellington Dias (PT) e ao Secretário da Justiça Daniel Oliveira, uma solicitação para a correção deste e de outros problemas encontrados no presídio.
Em nota, a
Coordenação de Saúde Prisional da Sejus informou que já solicitou providências
à Secretaria de Saúde, em relação à situação do preso, e aguarda retorno
do órgão.
Outras falhas
A inspeção verificou também a falta de funcionamento do setor odontológico, de água nas torneiras das celas, de espaço para visita íntima e de bebedouro na sala de triagem e na entrada da penitenciária, além de colchões finos e inadequados e roupas de presos rasgadas,
A equipe observou que a grade da cobertura do pavilhão especial é baixa e há ausência de monitoramento por meio de câmeras. A falta do funcionamento de um transformador impede o uso do raio X e da porta detectora de metal.
Também faltam sirene de alarme, cerca elétrica no perímetro e guardas na área externa e nas guaritas, bem como um alambrado na área externa para evitar que outras pessoas se aproximem do muro e joguem drogas e celulares para dentro do presídio.
Por: Nayara Felizardo, com informações do MPE