Um homem de 32 anos foi preso nesta quarta-feira (15), em Batalha, por suspeita de estuprar uma adolescente de 14 anos, crime que teria ocorrido na última terça-feira, num motel localizado na zona rural do município.

Em depoimento ao delegado Dennis Sampaio, a vítima disse que estava indo a uma agência bancária em Esperantina quando foi abordada pelo suspeito, que estava num carro e lhe ofereceu uma carona.

A adolescente aceitou a carona e, no trajeto, o homem teria oferecido um refrigerante para ela. 

A garota afirma que, minutos após tomar a bebida, teria perdido a consciência, e só acordou quando já estava no motel, depois de ter sido violentada pelo suspeito.

Ao delegado, a menina disse suspeitar que foi dopada com alguma substância colocada no refrigerante pelo homem.

"Ela disse que aceitou o refrigerante e logo depois eles passaram pelo banco. Ela avisou que ele poderia parar o carro pois já havia chegado ao destino, mas ele continuou dirigindo. Ela, então, teria chamado a atenção do homem, que começou a ofendê-la verbalmente. Nesse momento ela teria começado a perder a consciência", relata o delegado.

Em seu depoimento, a adolescente disse que acordou assustada no motel, e chegou a tentar se desvencilhar do agressor, que reagiu com violência, provocando um ferimento próximo à cintura da vítima.

Depois de ser estuprada, a menina foi deixada na agência bancária para onde se dirigia quando o homem ofereceu a carona. Ela, então, seguiu até sua casa, e contou á família tudo o que havia acontecido.

No mesmo dia o boletim de ocorrência foi registrado e a adolescente seguiu para Teresina, onde recebeu atendimento no Serviço de Apoio à Mulher Vítima de Violência Sexual (Samvis).

"Ela passou por um exame que, preliminarmente, constatou a veracidade da versão apresentada por ela", afirma Dennis Sampaio.

Segundo o delegado, o suspeito deve ser indiciado por estupro, com um agravante: o fato de a vítima ter entre 14 e 18 anos. 

Para este crime a pena prevista no Código Penal varia de oito a doze anos de reclusão. Mas o delegado ressalta que se ficar comprovado que a menina foi realmente dopada, o crime passa a se configurar como estupro de vulnerável, cuja pena varia de oito a quinze anos de reclusão.

Tanto o suspeito quanto a menor são de Esperantina, mas o inquérito está  na Delegacia de Batalha porque foi o município onde o crime ocorreu.

Ainda no depoimento ao delegado, a menor revelou que o suspeito fazia parte de um grupo de Whatsapp do qual ela participa, e ele habitualmente a chamava para conversas privadas.

Por: Cícero Portela