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Homem assedia e assusta alunas do curso de moda da Ufpi

Jovem relata pelo menos duas ocorrências em que o homem teria chegado perto do banheiro feminino, sendo que em uma das vezes ele teria entrado

26/11/2016 14:25

Há pelo menos duas semanas, as estudantes do curso de moda da Universidade Federal do Piauí estão apavoradas com a presença constante de um homem suspeito no prédio onde acontecem as aulas. Vários são os relatos de assédio, que levaram as jovens a exigir providências da coordenação do curso.

Segundo uma jovem, que não quis se identificar, as estudantes vivem uma situação aterrorizante. "Todas já haviam percebido alguma coisa, mas ficavam caladas. Até um dia que ele veio atrás de mim. Foi um medo que eu nunca senti na minha vida. Fiquei paralisada e só consegui chamar por uma das minhas colegas que estavam logo à frente", conta.

Com medo, ela avisou à coordenação do curso e aos pais, mas faltou à aula no dia seguinte. "Quando eu procurei a coordenadora, ela me disse que outras alunas já tinham denunciado atitudes suspeitas desse homem. Ela falou que enviou requerimento para a segurança da Universidade, mas que não obteve retorno", disse a estudante.

Ela relata pelo menos duas ocorrências em que o homem teria chegado perto do banheiro feminino, sendo que em uma das vezes ele teria entrado. "Eu fui ao banheiro com mais duas amiga e ele passou olhando. Na quinta-feira (24) eu vi ele entrando lá", relata a jovem, acrescentando que o suspeito já a seguiu do bloco de moda até o Restaurante Universitário.

Segundo outra estudante, o suspeito olha de forma libidinosa para as jovens. "Ele já fez isso comigo. Com outras meninas, já passou a mão na cintura, já abordou pedindo o facebook", conta.

O homem, que aparenta ter pouco mais de 30 anos, costuma ficar deitado em um dos bancos do prédio, com uma mochila e um computador. Algumas vezes, chegou a lavar roupas e estender nas árvores. As estudantes suspeitam que ele esteja morando no bloco de moda.

O prédio fica bastante afastado e em um local isolado, por trás da biblioteca. Segundo a estudante, nenhum segurança está permanentemente no bloco. O risco torna-se maior porque a maioria das pessoas que estudam lá são mulheres. "Não queremos que haja um estupro para só depois tomarem providências. Somos todas vulneráveis", reforça.

Na próxima segunda-feira (28), as jovens vão realizar um ato na frente da coordenação do curso, para exigir mais segurança no prédio.

Por: Nayara Felizardo
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