Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Hacker sequestra dados de universidade e cobra resgate em moeda virtual

Universidade Uninovafapi teve dados da instituição e de aluno roubados através da internet; sequestrador cobra 1.7 bitcoin, equivalente a R$ 24.164.

20/09/2017 10:09

O centro universitário Novafapi, localizado em Teresina, teve seus dados sequestrados por um cracker (hacker criminoso que atua no meio virtual). O resgate cobrado foi no valor de 1.7 bitcoin, moeda virtual de difícil rastreamento. Convertido em reais, o preço do resgate é de aproximadamente R$ 24.164.

O cracker informa na mensagem que tem acesso a todos os dados dos alunos (nome, RG, CPF, senhas, fotos, situação de pagamento, etc). “A situação mais grave que notei foi a facilidade para modificar dados estratégicos, como notas, frequências (presença de aula) e, mais obscuro ainda, a possibilidade de modificar dados dos boletos”, diz o texto.

O site oficial da universidade foi bloqueado e seu conteúdo trocado por uma mensagem que explica o crime. O responsável pelo sequestro, que assina com o apelido “Rμb3d0”, diz no texto que se compromete a, inclusive, após o pagamento, enviar um “relatório” para os gestores de informática da instituição explicando qual falha de segurança ele usou para acessar os dados e como resolver. “É uma espécie de consultoria (só que forçada)” , escreveu o criminoso na mensagem.

O cracker ainda ameaça, dizendo que o preço é para sua colaboração e não divulgação ou até mesmo venda dos dados na internet.  De acordo com a mensagem, são dados de mais de 30 mil pessoas ligadas à universidade. “Essa falha poderia ser explorada por hackers mais obscuros que poderiam, por exemplo, desviar o pagamento de boletos para outras contas, o que geraria um prejuízo muito maior do que esse valor que estou cobrando”.

A Uninovafapi informou, por meio de nota, que seu site foi retirado do ar como medida de segurança após ter sido hackeado. A nota afirma que o Centro de Tecnologia da instituição está trabalhando para bloquear o uso indevido das informações e garantir a segurança do banco de dados. 

Edição: Nayara Felizardo
Por: Andrê Nascimento
Mais sobre: