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Familiares de pacientes do Hospital São Marcos são vítimas de golpe

Quadrilha usa informações privilegiadas sobre o estado dos doentes, liga para os familiares e diz que o paciente precisa fazer um exame

01/03/2017 11:06

O sofrimento dos familiares de pacientes internados na UTI do Hospital São Marcos está sendo agravado. Isso porque uma quadrilha está usando informações privilegiadas sobre o estado dos doentes para aplicar golpes. 

Os trotes já estão acontecendo há alguns meses e o hospital tem informado aos familiares através de panfletos e de um comunicado fixado na porta da UTI. Mesmo assim, os bandidos continuam agindo.

A vítima mais recente foi uma artista plástica, que prefere não ser identificada. “Tenho medo de represália, porque são bandidos que estão fazendo isso”, explica.

Ela conta que a ligação aconteceu durante o feriado do carnaval. “Minha mãe está em estado grave na UTI. A pessoa que ligou se identificou como Dr. Paulo e sabia o nome, o plano de saúde e a doença que ela tem. Disseram que ela tinha sofrido uma parada cardíaca e que precisava fazer um exame, mas o plano não cobria”, relata.

Desconfiada, mas temendo que fosse verdade, a artista plástica entrou em contato com a irmã, que ligou para o hospital e para o plano de saúde. “Eles então confirmaram que se tratava de um golpe, pois o plano tem cobertura integral. Mas os bandidos chegaram a dar a conta bancária para depositar o dinheiro. Ainda hoje estamos traumatizados”, disse a vítima.

No mês de janeiro, Regina Bonfim foi outra vítima. A paciente era a sua mãe. “A quadrilha ligou em duas ocasiões: uma para minha irmã e outra para minha cunhada. Dessa última vez, nós estávamos no velório da minha mãe e eles disseram que ela precisava fazer um exame. Da primeira vez, minha irmã foi quem atendeu. Quando ela disse que estava no hospital, a pessoa desligou o telefone”, conta Regina.

Há indício de que a quadrilha tenha participação de funcionários do hospital, pois consegue informações privilegiadas sobre a situação dos pacientes, bem como os contatos dos parentes, que são cadastrados no momento da internação.

O caso já teria sido denunciado à polícia, mas essa informação não foi confirmada. O Portal O DIA tentou falar com o hospital e com a Secretaria de Segurança, porém não teve êxito.

Por: Nayara Felizardo
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