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Fábrica de CD e DVD pirata produzia até 80 mil cópias por semana

Estúdio de falsificação de CDs e DVDs vendia para Piauí e estados vizinhos; Desvio de energia elétrica também foi encontrado no local.

28/09/2016 10:46

A Polícia Militar descobriu na manhã de hoje (28) um estúdio de fabricação de CDs e DVDs piratas funcionando em Teresina. Trabalhando em escala industrial, com 28 computadores contendo até 10 gravadores cada, a pequena fábrica produzia cerca de 5 mil falsificações por dia, gerando um lucro difícil de ser calculado.

O local foi descoberto quando policiais militares do 9º Batalhão perseguiam um homem foragido da justiça, que durante a fuga, entrou na casa onde funcionava o estúdio. 

Computadores e impressoras usadas na fabricação das cópias piratas (Foto: Andrê Nascimento/ O Dia)

A fábrica operava em um cômodo nos fundos da casa, equipado com quatro aparelhos de ar condicionado, onde trabalhavam entre sete e nove funcionários, de acordo com informações do delegado Carlos Jorge Queiroz, titular do 7º DP.

“Os policiais se surpreenderam ao chegar nessa fábrica, ou como se pode dizer, uma reprodutora de CD que se denominam ‘piratas’, sem direitos autorais, sem permissão do compositor, da gravadora... São reproduções aleatórias, onde um profissional gasta fortuna para gravar, e, com R$ 0,65 eles reproduzem com capa e tudo e jogam no mercado no Piauí, Ceará e Maranhão”, contou o delegado Jorge.

Computadores usados apenas para gravações tinham até 10 gravadores de DVDs (Foto: Andrê Nascimento/ O Dia)

O dono da casa foi identificado apenas como Sávio. De acordo com o agente Freire, que participou da prisão, Sávio assumiu que era o dono do estúdio. “Ele mesmo disse que não se considerava um bandido, mas um empresário”, comentou o policial. Segundo Freire, a fábrica conseguia produzir até 80 mil CDs por semana, que eram vendidos a valores entre R$ 1,50 e R$ 3,50. “Ele tem uma loja, no Centro, com CNPJ e tudo, onde recebia pedidos. A pessoa chega e pede, por exemplo, mil DVDs infantis, e ele produz e entrega. Disse para a gente que não corre atrás de cliente, eles que vêm até ele”, explica.

(Foto: Andrê Nascimento/ O Dia)

Além da pirataria, foi constatado ainda o crime de furto de energia elétrica, já que a fábrica funcionava usando um desvio de energia elétrica encontrado por um perito da Eletrobrás. Sávio pagou fiança e responderá  pelos crimes em liberdade.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Andrê Nascimento
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