Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Ex-prefeito fraudava licitações para beneficiar o sogro e a sogra

Capitão de Campos: Moisés Barbosa fechou contrato de hospedagens com a pousada de sua sogra sem licitação. Município se beneficiava das diárias.

27/04/2017 16:57

O ex-prefeito de Capitão de Campos, Moisés Barbosa, fazia parte de um esquema de fraudes em licitações junto com a sogra e o sogro, é o que afirma o coordenador do GRECO, delegado Willame Morais. Moisés foi ouvido na tarde de hoje pela polícia, após ser conduzido coercitivamente para prestar esclarecimentos a respeito das irregularidades detectadas nos contratos de hospedagem que a Prefeitura de Capitão de Campos havia fechado com uma pousada na cidade. Os crimes ocorreram entre os anos de 2013 e 2016, quando Moisés era chefe do executivo municipal.

De acordo com o delegado Willame Morais, o ex-prefeito contratou de forma ilegal os serviços de hospedagem da pousada de sua sogra, Maria de Fátima Batista Ibiapina, que era também a secretária de Administração da Prefeitura de Capitão de Campos. Isso tudo foi feito sem obedecer às normas legais dos processos licitatórios para a prestação de serviços ao poder público.

“O Moisés se beneficiava indiretamente no esquema, uma vez que o valor investido pela Prefeitura nos serviços de hospedagem ia, na verdade, para uma empresa que era dos sogros dele. Isso vai totalmente contra o princípio da impessoalidade da administração pública. Eu não posso contratar ao meu bel prazer alguma empresa ou prestadora de serviço público. A lei de licitação existe justamente para isso garantir isso”, explica o delegado.

O que chama a atenção nos contratos fraudulentos firmados entre a Prefeitura de Capitão de Campos e a pousada dos sogros de Moisés é o fato de a assinatura da sogra do ex-prefeito aparecer nos documentos tanto como representante do poder público, quanto como representante da empresa contratada. Segundo afirma o delegado Willame Morais, é como se Maria de Fátima pagasse a si mesma pelos serviços.

Francílio Raimundo Ibiapina, que é sogro de Moisés e marido de Maria de Fátima, também foi indiciado. Segundo a família, ele era o gerente na Pousada Aconchego e operava todo o esquema.

Por: Maria Clara Estrêla
Mais sobre: