Um ex-soldado do Exército, identificado como Romário Ricardo da Silva, de 32 anos, assumiu a autoria dos disparos efetuados contra um veículo em que estava o cantor Chambinho do Acordeon na madrugada do último sábado (30), em uma avenida da Zona Leste de Teresina. Romário informou que confundiu o carro, uma Land Rover, com o de uma outra pessoa que o teria espancado em outro bar da região.

O acusado detalhou todo o caso na manhã desta quinta-feira (04), no 12º Distrito Policial. "Ele alegou que estava em uma casa de show com o cunhado, e se envolveu em uma briga onde os dois foram espancados. Ele teria voltado em casa e pego uma arma e ficou esperando os homens saírem desse bar, pegou a moto e seguiu. Só que ele meio que perdeu esse carro de vista, e assim que chegou perto da Dom Severino e viu o carro onde estava o sanfoneiro, ele atirou contra e foi embora", repassou o delegado Ademar Canabrava.

Ainda de acordo com o delegado, após os disparos, Romário alegou que seguiu pela Avenida Dom Severino até chegar à Ponte Estaiada, onde teria jogado a arma dentro do Rio Poti. A Polícia Civil investiga a versão, e deve ouvir ainda o cunhado relatado no depoimento. Romário deve responder por tentativa de homicídio.

O acusado informou que serviu por sete anos ao Exército Brasileiro, e que estaria afastado há cinco. Ele não tem passagens pela polícia. A arma utilizada no caso é uma pistola de calibre .380, de origem clandestina, segundo o delegado Canabrava.

O cantor Chambinho do Acordeon, que já interpretou Luiz Gonzaga no cinema, relatou o caso no seu Facebook ainda no sábado (30), onde afirmou que não tinha ideia de quem poderia ter tentado algo contra ele. Ele alegou não ter nenhuma desavença pessoal com ninguém, e questionou qual seria o real motivo do caso, se foi uma tentativa de homicídio, ou algo envolvendo o carro. Todas as pessoas que estavam no veículo escaparam ilesas.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Marcos Cunha, com informações de Andrê Nascimento (estagiários)