Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

EL Capo: "œEx-procurador dilapidou o patrimônio público", diz promotor

Não há informação sobre a devolução do dinheiro aos cofres públicos. O promotor pediu à justiça o bloqueio dos bens, mas não teve resposta sobre a decisão

25/10/2016 14:54

Imóveis, chácaras valiosas e transações bancárias expressivas seriam algumas das regalias conquistadas, às custas do dinheiro público, pelos membros da quadrilha liderada pelo ex-procurador geral do Ministério Público do Estado Emir Martins, que ocupou o cargo entre os anos de 2004 a 2008.

Fotos: Moura Alves/ODIA

A informação foi dada pelo promotor Rômulo Cordão, durante coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (25), na sede do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado. Emir Martins e mais 11 pessoas, quase todas da família, estão sendo investigadas na Operação EL Capo, deflagrada ontem (24).

Segundo Rômulo, a quadrilha foi responsável pela dilapidação do patrimônio público e enriqueceu ilicitamente. “Estimamos que 5% de todo o valor gasto com a folha de pagamento do Ministério Público, durante o período em que o crime ocorreu, era desviado”, afirma o promotor.

O valor que teria sido destinado apenas para os familiares do ex-procurador é de R$ 8 milhões, mas o levantamento ainda não foi concluído. “Estamos avaliando a evolução patrimonial da família. O fato é que os bens são totalmente incompatíveis, inclusive com o que era declarado no Imposto de Renda”, disse Rômulo Cordão.

Por enquanto, não há informação sobre a devolução do dinheiro aos cofres públicos. O promotor pediu à justiça o bloqueio dos bens, mas ainda não teve resposta sobre a decisão.

Emir Martins foi preso ontem, assim como o filho Tiago Sauders, a nora Susyane Araújo e a sobrinha Mariana Sauders. Hoje (25), um habeas corpus foi concedido pelo desembargador Sebastião Martins, liberando os acusados e todos os supostos envolvidos. Ninguém havia sido ouvido até então.

Por: Nayara Felizardo
Mais sobre: