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Polícia investiga denúncia de racismo contra crianças em pizzaria no Dirceu

O proprietário é suspeito de chamar um grupo de seis crianças, com idades entre 2 e 12 anos, de macacos, enquanto brincavam na pizzaria.

17/05/2017 19:16

O dono de uma pizzaria localizada na Avenida Joaquim Nelson, no bairro Dirceu Arcoverde, zona Sudeste de Teresina, está sendo investigado pela Delegacia de Defesa e Proteção dos Direitos Humanos por denúncia de racismo. O proprietário é suspeito de chamar um grupo de seis crianças, com idades entre 2 e 12 anos, de macacos, enquanto brincavam na pizzaria.

O caso aconteceu no dia 29 de abril, e chamou atenção através de denúncias feitas pela família das vítimas pelas redes sociais. A engenheira agrônoma, Joseane da Costa e Silva é tia de uma das crianças e estava na pizzaria no momento do ocorrido. De acordo com a engenheira, o caso aconteceu quando a família se preparava para ir embora do local.

“Nós pagamos a conta e ficamos na mesa, quando de repente o homem fechou o brinquedo e mandou todas as crianças descerem. Ele isolou a entrada do pula-pula e começou a gritar com as crianças, nós até pensávamos que era algum cliente que estava bêbado, não imaginávamos que era o proprietário”, relata.

A engenheira conta que a discussão começou quando a irmã dela, identificada como Maria José, retornou do banheiro com uma criança de dois anos no colo. A criança, ao ver o brinquedo, pediu à mãe para brincar e ao se aproximar do pula-pula, o proprietário teria chamado as crianças de macacos e se referido a mulher usando xingamentos.

“Depois disso, todos os adultos que estavam na mesa começaram a bater boca com ele. Foi quando ele mandou todo mundo ir embora e disse que éramos um ‘bando de macacos’, ainda se referiu a mim como 'idiota' e 'vagabunda'”, conta a engenheira. Indignada, a família registrou um boletim de ocorrência contra o acusado na Delegacia de Defesa e Proteção dos Direitos Humanos. 

Procurado pela reportagem do Portal O Dia, o proprietário da pizzaria não quis comentar sobre as acusações.

Edição: Nayara Felizardo
Por: Nathalia Amaral
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